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Política

Renan diz que indicação de nomes "é incompatível entre Poderes"

O presidente do Senado divulgou nota após notícias de que foi o
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 30/05/2016 - 20:17
Brasília
Brasília - Presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, durante apreciação de vetos e destaques, antes de iniciar a discussão e apreciação do PL da nova meta fiscal  (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota pública hoje (30) que indicações de nomes para cargos no governo do presidente interino Michel Temer "é incompatível com independência entre Poderes da República".

 “Independentemente de sermos do mesmo partido e das convergências em nome do Brasil, tive oportunidade de externar ao Senhor Presidente da República que a indicação de nomes é incompatível com a independência entre os Poderes da República. Nos dois encontros que mantivemos defendi, como já o fiz publicamente, que minha contribuição se dará a partir de agendas e programas. Essa é a melhor maneira de colaborar para superarmos a grave crise atual”, diz a nota. 

Renan divulgou a nota após notícias veiculadas na imprensa de que foi o responsável por indicar Fabiano Silveira para o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. Em um áudio gravado pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, Fabiano Silveira aparece criticando a Operação Lava Jato e dando orientações ao presidente do Congresso sobre as investigações, segundo reportagem veiculada ontem (29) pelo programa Fantástico, da TV Globo. A gravação foi feita na época em que Silveira era membro do Conselho Nacional de Justiça e indica que ele usava de sua influência para fornecer informações privilegiadas a Renan Calheiros sobre a situação dele na Lava Jato, conforme a reportagem. A conversa ocorreu na casa de Renan Calheiros.

“Em face das especulações, reitero de maneira pública e oficial que não irei indicar, sugerir, endossar, recomendar e nem mesmo opinar sobre a escolha de autoridades no governo do Presidente Michel Temer”, acrescentou.