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Política

Ricardo Lodi disse que não pode haver impeachment sem materialidade e dolo

Da Agência Brasil*
Publicado em 27/08/2016 - 21:50
Brasília
Brasília - Professor de Direito da Uerj, Ricardo Lodi é ouvido na condição de informante durante o terceiro dia da sessão de julgamento do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

O prefessor Ricardo Lodi da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), último a ser ouvido nesta etapa da sessão de depoimentos de testemunhas da defesa e da acusação do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, respondeu, durante questionamentos dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Fátima Bezerra (PT-RN), que não pode haver impeachment sem crime de responsabilidade, materialidade e dolo da presidenta. Lodi está sendo ouvido como informante e não como testemunha.

Brasília - Professor de Direito da Uerj, Ricardo Lodi é ouvido na condição de informante durante o terceiro dia da sessão de julgamento do impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência

Professor de Direito da Uerj, Ricardo Lodi, disse que não houve crédito, que seria vedado, mas apenas uma obrigação legalMarcelo Camargo/Agência Brasil

Lodi também disse, após ser questionado pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que em 2015 o Tribunal de Contas da União (TCU) mudou o entendimento sobre as operações entre os bancos públicos e a União. Para ele, não houve crédito, que seria vedado, mas apenas uma obrigação legal. 

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) negou-se a questionar Lodi, pelo fato do professor ter sido advogado de Dilma junto ao Tribunal de Contas da União.

O senador Cristóvam Buarque (PPS-DF) perguntou se Lodi percebeu se houve, em algum momento do processo, cerceamento ao direito de defesa da presidenta. O professor respondeu que, aparentemente, não, mas ele acredita que, desde que o processo estava na Câmara, há mais uma avaliação geral do governo de Dilma Rousseff e do que uma investigação da culpabilidade da presidenta pelos crimes de que é acusada.

* Com informações da Agência Câmara