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Política

Doria diz que os pobres serão a prioridade de seu governo em São Paulo

Ele afirmou ainda que não irá se candidatar à reeleição. “Não sou
Elaine Patrícia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/01/2017 - 19:26
São Paulo
São Paulo - Sessão solene de posse dos vereadores e do prefeito João Doria, na Câmara Municipal (Rovena Rosa/Agência Brasil)
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São Paulo - Sessão solene de posse dos vereadores e do prefeito João Doria, na Câmara Municipal (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Mais cedo, João Doria teve sua sessão solene de posse, na Câmara Municipal Rovena Rosa/Agência Brasil

O novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), empossado neste domingo (1), disse que a prioridade de seu governo serão os pobres. “A prioridade serão os mais humildes e mais pobres dessa cidade. Não se esqueçam. A partir de hoje, essa é a nossa prioridade”, disse. Ele afirmou ainda que não irá se candidatar à reeleição. “Não sou favorável. Não disputarei”, falou.

Após tomar posse na Câmara, Dória participou de uma cerimônia de transmissão de cargo no Theatro Municipal, junto com o vice-prefeito Bruno Covas (PSDB), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). Ao chegar ao local, o novo prefeito foi bastante aplaudido pelo público presente.

Segundo Dória, sua gestão será humilde, corajosa e austera e o seu governo será aberto, conciliador e transparente. ““Será um governo capaz de ouvir a opinião de todas as pessoas. Governaremos para todos, os que nos elegeram e os que não nos elegeram. Será uma gestão conciliadora”, disse.

Em seu primeiro discurso, Doria elogiou Haddad, dizendo ter orgulho “de termos feito aqui a mais solidária, transparente e mais democrática transição dessa cidade das últimas três décadas. Como governantes, vamos governar para a cidade de São Paulo, não para um partido ou ideologia”, ressaltou, lembrando que criou um conselho para reunir os ex-prefeitos da cidade, como Haddad, Gilberto Kassab, Marta Suplicy e Luiza Erundina, que se reunirá no mínimo três vezes por ano.

O ex-prefeito Fernando Haddad desejou a Dória um grande mandato e disse que ele vai governar a “cidade mais eletrizante” do país, de “grande magnitude”, que recebe constantemente “novas ondas migratórias, como do Haiti, Bolívia e Síria” e que é “um desafio enorme”.

“Fizemos uma gestão proba e honrada. Se for continuada, vai gerar efeitos positivos para a cidade. Saneamos as finanças de São Paulo. Você [Doria] recebe a cidade em ordem. Você senta na cadeira amanhã, tranquilo. A dívida [da cidade] é um terço da que herdei. São Paulo já é muito linda e ela pode se tornar mais linda cultivando a diversidade e a tolerância. Que você faça um grande governo. Fiz a transição como se tivesse feito com um irmão, em respeito não só à democracia, mas em respeito ao povo trabalhador dessa cidade”, enfatizou Haddad.

Presidente

O governador Geraldo Alckmin, que foi saudado no local sob gritos de “Presidente”, disse que a posse era um momento de renovação democrática e que os atuais prefeitos “devem entender o recado das urnas”. Ele citou diversas vezes em seu discurso o nome do ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Mario Covas - que, segundo ele, “estaria sorrindo” neste momento.

Alckmin teceu elogios a Dória, que disse ter “uma personalidade versátil e é um grande agregador. Mas acima de qualquer predicado, uma palavra permeia isso tudo: trabalho. João Doria é um incansável trabalhador”, ressaltou.

Ao final da cerimônia,  foi apresentado o secretariado do novo prefeito.