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Política

Temer pede a noruegueses que façam parte de "momento próspero" brasileiro

Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/06/2017 - 12:00
Brasília
Noruega - Presidente da República, Michel Temer, recebe os cumprimentos da embaixadora da Noruega no Brasil, Aud Marit Wiig, em sua chegada a Oslo (Beto Barata/PR)
© Beto Barata/Pr

Em reunião hoje (22) com investidores noruegueses, o presidente Michel Temer pediu a eles que façam parte "desse momento próspero” pelo qual passa o Brasil. Na tentativa de despertar o interesse dos investidores, Temer citou as reformas trabalhistas e previdenciária, em tramitação no Legislativo brasileiro, e as privatizações e concessões que estão sendo feitas no setor de infraestrutura brasileiro.

Noruega - Presidente da República, Michel Temer, recebe os cumprimentos da embaixadora da Noruega no Brasil, Aud Marit Wiig, em sua chegada a Oslo (Beto Barata/PR)O presidente Michel Temer, recebe os cumprimentos da embaixadora da Noruega no Brasil, Aud Marit Wiig, em sua chegada a Oslo  Beto Barata/PR

Temer disse, aos investidores, que o novo modelo de privatizações e de concessões que está sendo aplicado no Brasil representa oportunidades de investimentos que, em conjunto com as reformas trabalhista e previdenciária, resultará na melhora do ambiente de negócio e da produtividade.

“Queremos que o investidor norueguês faça parte desse momento próspero que estamos vivendo no Brasil. Estou certo e esperançoso de que mais investimentos virão em vários setores, não apenas em energia. No [âmbito] comercial, temos de aumentar as trocas com a Noruega”, disse o presidente ao discursar no evento organizado em Oslo pela Associação dos Armadores da Noruega.

Temer destacou os benefícios de se investir no Brasil. “Temos hoje quase 206 milhões de habitantes e uma grande fonte de oportunidades. Nossa matriz energética é limpa, nossa agricultura é competitiva e sustentável, e abrigamos parque industrial extremamente diversificado.”

No discurso, o presidente brasileiro citou os principais pontos da reforma trabalhista e apresentou alguns dados econômicos, como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a queda da taxa básica de juros, na tentativa de apresentar um cenário atrativo para investimentos.

“Vocês encontrarão um país com fundamentos sólidos e oportunidade de investimentos muito seguros”, disse Temer. “O país continuará a avançar com as reformas trabalhista e previdenciária”, acrescentou.

Temer defendeu que a aproximação entre Brasil e Noruega seja feita também por meio dos blocos dos quais participam os dois países, no caso, a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) – grupo integrado por Noruega, Islândia, Liechtenstein e Suíça – e o Mercosul.

Nas reuniões previstas para amanhã com o Rei Harald V, com a primeira-ministra, Erna Solberg, e com o presidente do Parlamento, Olemic Thommessen, um dos principais temas a serem abordados é a questão ambiental. A Noruega é o principal país financiador do Fundo Amazônia, com repasses de R$ 2,8 bilhões. Atualmente, há 89 projetos no âmbito do Fundo Amazônia em áreas como combate ao desmatamento, regularização fundiária e gestão territorial e ambiental de terras indígenas. O Fundo é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, a Noruega é o oitavo maior investidor estrangeiro no Brasil, com presença no setor de energia.

Rússia

A ida à Noruega ocorre após viagem à Rússia, onde foram assinados vários acordos para desburocratizar e incentivar as relações comerciais entre os dois países, bem como favorecer a cooperação econômica, os investimentos e os diálogos bilaterais. Nos encontros, Temer assumiu o compromisso de aproximar Mercosul e União Econômica Euro-Asiática, quando o Brasil assumir a presidência do bloco sul-americano, no próximo semestre.

Temer e o presidente russo, Vladimir Putin, assinaram uma declaração conjunta na qual os dois países manifestam posições e agendas de interesse comum relativas à política internacional. Segundo o presidente brasileiro, os acordos facilitarão o comércio e os reinvestimentos, além de aprofundar o diálogo político.