Mendonça Filho diz que DEM deve fechar questão na reforma da Previdência
O ministro da Educação, Mendonça Filho, disse hoje (12) que o Democratas deve fechar questão em favor da reforma da Previdência. Ao participar da reunião da bancada do partido nesta manhã na Câmara, ele avaliou que mais de 80% do grupo se manifestou de forma favorável à aprovação da PEC como uma agenda do Brasil e não do governo.
Se o partido fechar questão, os parlamentares que votarem de forma contrária poderão ser punidos. Mendonça disse ainda que se for necessário poderá retomar seu mandato de deputado federal para reforçar os votos da base aliada.
“Estarei à disposição para ajudar da melhor maneira possível. Em todas as votações relevantes eu voltei para a Câmara e para essa votação especificamente voltarei sem nenhum problema, se porventura for necessário”, disse Mendonça.
O ministro disse que a bancada ainda tem alguns deputados que resistem à reforma, mas acredita que dará tempo de votar a reforma ainda este ano. “A gente tem aí quatro ou cinco posições divergentes, o que significa dizer que a gente pode diminuir ainda mais essa posição. E na quinta-feira (14) provavelmente a gente vai referendar o fechamento de questão do DEM”, afirmou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também se mostrou otimista sobre a adesão de seu partido. Maia confirmou a previsão de iniciar a discussão na próxima quinta-feira (14) e abrir a votação a partir da sessão de terça-feira (19) de manhã.
“Precisamos que os líderes da base e o novo Secretário do Governo [deputado Carlos Marun] consigam organizar os votos para que a gente tenha tranquilidade [para votar]. Dentro do meu partido, fizemos uma reunião muito boa, os números são muito positivos, acho que o DEM vai caminhar para dar um resultado contundente para essa votação”.
Rodrigo Maia reafirmou que só colocará a proposta em votação se tiver certeza de um quórum de pelo menos 330 votos favoráveis à matéria. Para ser aprovada, a PEC precisa do apoio de pelo menos 308 deputados em dois turnos.
“Nós estamos trabalhando para votar na próxima semana. É matéria que precisa ter voto, não pode ir com uma margem muito distante dos 308 votos, tem que ter uma base grande para que não gere um ambiente no plenário de derrota e tenha um resultado ruim. (….) Se você tiver 270 votos, ir para o tudo ou nada significa o que? Se jogar do 30º andar sem rede, sem paraquedas? Eles que se joguem. A Câmara só vai votar se tiver voto”, declarou.
O presidente da Câmara acredita que ainda este ano pode chegar aos 330 votos de apoio e ressaltou que mesmo que não vote este ano, a reforma da Previdência continuará em pauta no próximo ano, inclusive nos debates das eleições.