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Política

Ku Klux Klan motiva bate-boca entre Haddad e Bolsonaro no Twitter

Candidato do PSL diz que recusa apoio de qualquer grupo supremacista 
Agência Brasil
Publicado em 16/10/2018 - 18:57
Brasília

Os dois candidatos à Presidência que disputam o segundo turno trocaram mensagens hoje (16) no Twitter sobre um possível apoio da organização Ku Klux Klan a Jair Bolsonaro (PSL). "Meu adversário também está compondo com aliados e somando forças. Hoje ele recebeu o apoio da Ku Klux Klan...", provocou o candidato do PT, Fernando Haddad.

"Recuso qualquer tipo de apoio vindo de grupos supremacistas. Sugiro que, por coerência, apoiem o candidato da esquerda, que adora segregar a sociedade" rebateu Bolsonaro. "Explorar isso para influenciar uma eleição no Brasil é uma grande burrice! É desconhecer o povo brasileiro, que é miscigenado", completou, na mesma rede social.

O bate-boca entre os presidenciáveis foi provocado pelo fato de o ex-líder do KKK David Duke ter feito comentários sobre o candidato do PSL em seu programa de rádio nos Estados Unidos e também em sua conta no Twitter.

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Reprodução/Twitter/Direitos Reservados

Um dos mais conhecidos defensores da supremacia branca, apoiador de Donald Trump, Duke compartilhou no Twitter um vídeo antigo de Bolsonaro, com legendas em inglês, no qual o deputado discursa, em comissão da Câmara, contra a educação de gênero na escola pública.

No vídeo, Bolsonaro diz que "canalhas e covardes estão emboscando crianças nas escolas" com um suposto programa de governo (do PT à época) que previa a "desconstrução da heteronormatividade" e "a esculhambação da família". A postagem de Duke tem o seguinte título: "Bolsonaro prestes a conquistar a presidência do Brasil em 28 de outubro. (Você) precisa assistir!"

No seu programa de rádio, o ex-KKK, depois de elogiar Bolsonaro como candidato forte e nacionalista, diz que ele "é branco como um europeu". Afirma ainda que Bolsonaro "está falando sobre o desastre demográfico que existe no Brasil e a enorme criminalidade que existe ali", dando como exemplo "bairros negros do Rio de Janeiro". 

Debate 

Além de discutirem no Twitter sobre a KKK, os presidenciáveis trocaram farpas sobre a realização de debates no segundo turno da disputa presidencial. Em resposta a uma publicação de Bolsonaro, que chamou Haddad de “fantoche de corrupto”, o candidato petista chamou o adversário para o debate. “Tuitar e fazer live é fácil, deputado. Vamos debater frente a frente, com educação, em uma enfermaria se precisar”.

Bolsonaro respondeu dizendo que “quem conversa com poste é bêbado”. “Existe um que está preso por corrupção e você vai toda semana na cadeia visitá-lo intimamente além de receber ordens”, escreveu o candidato do PSL. Haddad respondeu com a foto de uma bancada de debate vazia e a frase: "Te espero aqui, deputado".