logo Agência Brasil
Política

Proposta de Temer para Previdência pode ser aproveitada, diz Bebianno

Ministro ressalta que a questão não é unanimidade no governo
Marcelo Brandão e Karine Melo - Repórteres da Agência Brasil
Publicado em 02/01/2019 - 15:29
Brasília
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da Rpública, Gustavo Bebianno, discursa na solenidade de transmissão de cargos, no Palácio do Planalto.
© Antonio Cruz/ Agência Brasil

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, defendeu hoje (2) a aprovação da reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer. Segundo ele, será um avanço. “Até como ganho de tempo, entendo que aproveitar o que já está lá, a reforma previdenciária concebida pelo Michel Temer. Acho que é um avanço. E depois, partir para outros ajustes”.

Para Bebianno, é necessário aprovar alguns trechos da proposta como uma sinalização positiva para os mercados interno e externo. Ele enfatizou que a questão não está pacificada dentro do governo e que a opinião dele não é uma unanimidade.

“Não há uma definição sobre isso. O ministro Paulo Guedes é o responsável, sabe o que faz. No meu entendimento, ganharíamos tempo com a aprovação de, pelo menos, parte do que já está lá. O momento político é favorável, o apoio popular é muito grande”.

Diálogo

A exemplo do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, defendeu o diálogo entre governo e oposição.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, no entanto, não acredita em um movimento semelhante de partidos mais representativos da esquerda, como PT e PSOL. “Nós sabemos que dificilmente o PT virá para um diálogo franco, honesto do ponto de vista intelectual. Mas da nossa parte o diálogo é aberto”.

Bebianno destacou que o presidente Jair Bolsonaro tem ideias e opiniões fortes, mas que “nunca se furtou a dialogar”.

Câmara

Bebianno reiterou que o governo não vai se envolver na eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. Segundo ele, quando governos “forçaram a mão”, na tentativa de influenciar na escolha do presidente da Câmara, o resultado não foi favorável.

“A posição do governo é não se meter. Acreditamos na autonomia dos Poderes. Há, logicamente, uma preferência, mas a nossa posição é não externar essa preferência e deixar que o processo ocorra naturalmente.”