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Política

Governo monitora situação da Latam Airlines, diz ministro

Companhia aérea pediu recuperação judicial nos EUA
Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 26/05/2020 - 20:36
Brasília
Latam vai diminuir voos em 70%
© REUTERS/Rodrigo Garrido/Direitos Reservados

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta terça-feira (26) que o governo federal está monitorando a situação da Latam Airlines, maior empresa aérea da América Latina, que anunciou pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Na avaliação do ministro, a decisão da companhia foi cuidadosa e não há preocupação de que ocorra algo parecido no Brasil.   

"É um movimento que nós estamos monitorando, é um movimento bastante pensado, e que no Brasil não aconteceu porque eles [Latam] estão confiando na linha de capital disponível pelo BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], estão trabalhando para cumprir os requisitos, e essa linha vai ser importante para as demais companhias. Então, a gente está monitorando e estamos bastante tranquilos, até o momento, com a situação dessas empresas", afirmou o ministro durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. 

O Grupo Latam Airlines pediu recuperação judicial nos Estados Unidos nesta terça-feira por causa dos efeitos da crise provocada pela pandemia novo coronavírus. No comunicado oficial em que anunciou a decisão, a empresa afirmou que o processo vai permitir uma reorganização da "sustentabilidade no longo prazo". 

"Diante dos efeitos da covid-19 no setor mundial de aviação, esse processo de reorganização oferece à Latam a oportunidade de trabalhar com os credores do grupo e outras partes interessadas para reduzir sua dívida, acessar novas fontes de financiamento e continuar operando, enquanto adapta seus negócios a essa nova realidade", afirmou a empresa.

A decisão da Latam Airlines envolve também as subsidiárias no Chile, Peru, Equador e Colômbia. Já Brasil, Argentina e Paraguai ficaram de fora do processo. Ainda de acordo com a companhia aérea, a decisão não trará impacto imediato nos voos de passageiros ou de carga.