No Rio, entregadores criam rede para trabalho fora de aplicativos
![Rovena Rosa/Agência Brasil Paralização dos entregadores de aplicativo na praça Charles Miller, Pacaembu.](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Entregadores se uniram, no Rio de Janeiro, para a prestação de serviços de delivery sem estarem vinculados aos tradicionais aplicativos de entregas de alimentos, como Rappi, Uber Eats, Ifood e outros. Eles criaram a rede Despatronados e gerenciam, diretamente com os clientes, os serviços.
Segundo a plataforma do Despatronados, a empresa nasceu da necessidade de cuidar coletivamente do trabalho dos entregadores, sem patrões e por fora dos aplicativos. A rede já conta com entregadores em diversos bairros da cidade e surgiu como resposta às condições ruins de trabalho e baixo rendimento que os entregadores têm encontrado nos aplicativos.
Durante a quarentena, quando esse tipo de trabalho cresceu, os entregadores realizaram duas paralisações denunciando o desequilíbrio nas relações com as empresas, ambas ao longo do mês de julho. O estudo “Condições de trabalho de entregadores via plataforma digital durante a Covid-19”, realizado por pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), do Ministério Público do Trabalho e da UFPR (Universidade Federal do Paraná), entre outros, identificou jornadas de trabalho maiores e queda nos rendimentos de 58,9% dos entrevistados.
Antes da pandemia, 38,2% dos entregadores trabalhavam até oito horas por dia; 54,1%, entre nove e 14 horas; e 7,8%, acima de 15 horas.
Durante a quarentena, 43,3% trabalhavam até oito horas diárias; e 56,7%, por mais de nove horas. Além disso, 78,1% faziam entregas em seis ou sete dias da semana.
Foram entrevistadas 298 pessoas em 29 cidades por meio de um questionário online. Segundo a pesquisa, cerca de metade recebia até R$520 por semana antes da pandemia. Depois, 71,9% declararam receber até 520 reais, e 83,7%, até R$650 reais.
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