Primeiro sábado olímpico tem filas nos acessos e nas lanchonetes

Publicado em 06/08/2016 - 18:12 Por Vinícius Lisboa – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

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O público que foi aos locais de competição no primeiro dia após a abertura da Rio 2016 enfrentou grandes filas para entrar no Parque Olímpico e na arena do vôlei de praia, em Copacabana. Hoje (6) foi o primeiro dia em que foram disputadas dezenas de provas nas quatro grandes áreas de competição: Deodoro, Barra, Copacabana e Centro.

As filas ocorriam principalmente antes dos procedimentos de segurança, que incluem revista e inspeção de bolsas e mochilas no equipamento de raio X. O problema foi verificado principalmente de manhã. Na parte da tarde, os acessos no Parque Olímpico fluíam com mais rapidez.

A professora Alexandra Robaina, mesmo morando na Barra Tijuca, não conseguiu chegar à Arena do Futuro a tempo de ver o início do jogo de handebol feminino entre Brasil e Noruega. Com uma amiga, ela conta ficou cerca de uma hora e meia na fila. "A confusão era antes mesmo da revista. Era uma fila da fila, no primero acesso", conta ela.

Apesar de ter achado o jogo "incrível" e a arena "linda", Alexandra disse que não conseguiu comprar lanches ou bebidas no parque. "Lá dentro da arena também tinha muita fila para comprar as coisas. Até desisti."

O advogado Marcos Kalil também deparou com uma grande fila quando chegou ao parque, mas, após um tempo de espera, percebeu que outros acessos estavam abertos e vazios, e ninguém direcionava o público para usá-los. "Só quando a gente entrou é que os voluntários começaram a chamar as outras pessoas para entrarem também".

Satisfeito com a competição de ginástica artística e com a pontualidade do evento, ele também se queixou de filas nas lanchonetes. "Fiquei 40 minutos para comprar uma água. Quando saímos da arena, às 13h, fomos à praça de alimentação e não estavam vendendo comida. Só tomei um sorvete, e a fila também estava gigantesca."

Filas longas fizeram a bancária Fabiana Salles perder a primeira partida de vôlei de praia, em Copacabana. Ela chegou à arena meia hora antes do início da prova, às 9h30, e demorou cerca de uma hora para entrar no estádio. Segundo Fabiana, a fila cresceu rapidamente e passou do Hotel Copacabana Palace, a cinco quarteirões de distância. Na espera, foi preciso aguardar sob o sol e na areia para entrar no estádio. "Estava muito calor, muito sol. E muita gente chegou em cima da hora. De repente, a fila ficou enorme", contou Fabiana, que conseguiu ver o jogo da dupla brasileira,  a segunda do dia.

Dentro do estádio, Fabiana disse que não enfrentou filas anormais para comprar bebidas. O relato é o mesmo que o do advogado Sergio Maurício, que encontrou as lanchonetes bem cheias, mas com filas "razoáveis" no Maracanãzinho, onde assistiu ao vôlei. "Eu preferi ir durante o primeiro set de uma das partidas, então, foi rápido".

Sérgio Maurício também não teve problemas para entrar e disse que seu acesso ao estádio foi agilizado porque estava sem mochila. "Um colaborador apareceu com um megafone e chamou para uma fila especial, o que acabou me beneficiando."

A assessoria de imprensa do Comitê Rio 2016 afirmou que o problema que causava as filas já foi solucionado e pediu desculpas pelo ocorrido.

Edição: Nádia Franco

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