Rio quer dobrar banco de DNA de familiares de desaparecidos

Esta semana terá mutirão da campanha nacional de coleta

Publicado em 14/06/2021 - 09:56 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Dentro da Campanha Nacional de Coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Rio de Janeiro pretende mais que dobrar o número de amostras disponíveis. Atualmente, o Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense (IPPGF), órgão da Secretaria de Estado de Polícia Civil, conta com cerca de 1,3 mil amostras genéticas de familiares.

A coleta vai ocorrer de hoje (14) até sexta-feira (18), entre 9h as 17h, em 13 postos nas regiões do estado. Os endereços podem ser consultados no site do ministério. Na capital, a coleta será feita na Cidade da Polícia, em Benfica, zona norte da cidade, e no Posto Regional de Polícia Técnico-Cientíca de Campo Grande, na zona oeste.

Podem participar do mutirão os pais, filhos e irmãos do mesmo pai e mãe de pessoas desaparecidas. A amostra genética é coletada da parte interna da bochecha, por meio de um tipo de cotonete. Normalmente a coleta é feita com o encaminhamento das delegacias, após o registro do desaparecimento. Nesta campanha, basta o familiar comparecer aos postos.

Banco genético

Segundo a Polícia Civil, o banco de perfis genéticos de familiares de pessoas desaparecidas do IPPGF foi lançado em 2012 e é uma referência no Brasil, correspondendo a cerca de 26% das amostras do Banco Nacional.

O Rio de Janeiro foi também o responsável pela primeira identificação feita pelo sistema informatizado com as amostras de DNA no país, em 2013, quando ocorreu a combinação, ou match, e a identificação de um corpo como sendo de uma pessoa desaparecida.

Quando há um corpo não identificado, o exame de DNA é inserido no sistema da Rede Nacional Integrada de Bancos de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para ser comparado com as amostras de familiares disponíveis no banco. De acordo com a Polícia, esse protocolo aumenta as chances de identificação e ajuda a família a entender o que aconteceu com a pessoa.

Fora da capital, a coleta do mutirão será feita nas cidades de Angra dos Reis, Araruama, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaperuna, Macaé, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis e Volta Redonda.

Edição: Valéria Aguiar

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