Estudo do Cemaden analisa combate a desastres naturais no Brasil

Publicado em 03/05/2024 - 19:17 Por Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

Um estudo de pesquisadores do Cemaden, Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, aponta para a importância de ações de prevenção e controle contra desastres naturais.

De acordo com a pesquisa, os municípios brasileiros precisam desenvolver planos de contingência com monitoramento eficiente e resposta rápida. Também é necessário um sistema eficaz de alerta local para que a população entenda as ameaças e saiba o que fazer ao receber avisos de desastres.

Além disso, destaca que o planejamento urbano, com infraestruturas adequadas, desempenha papel decisivo para evitar perdas econômicas e de vidas.

De acordo com o climatologista José Antonio Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, as cidades precisam de mudanças estruturais.

“Precisamos aqui de uma transformação. As cidades têm que se transformar. Não dá para reconstruir uma cidade em uma área segura, mas a cidade pode crescer sim, mas pode crescer e deve crescer em áreas seguras, porque senão vamos ver desastres como acontecem todos os anos”.

Marengo também reforça a importância de maior conscientização da população quanto ao risco das chuvas.

“Talvez a forma mais, digamos, rápida, de proteger a população é criando essa percepção na população de que tem que estar preparada para eventos extremos de chuva que possam afetar a população”.

O estudo foi feito a partir da análise dos deslizamentos de terra registrados na cidade de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, entre 18 e 19 de fevereiro do ano passado.

Para os cientistas, o círculo de atuação não funcionou adequadamente no município, mesmo após os avisos emitidos dias antes pelo Cemaden. Pelo menos 65 pessoas morreram e centenas ficaram desalojadas, além das perdas de infraestrutura e danos materiais.

Na cidade paulista de São Sebastião, houve uma combinação de chuvas intensas atingindo áreas de risco densamente povoadas com residências construídas em terrenos inclinados e íngremes.

O estudo foi publicado na revista científica Natural Hazards.

Edição: Daniella Longuinho / Liliane Farias

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