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Direitos Humanos

Rio: Marcha das Vadias reúne mulheres e homens em defesa dos direitos femininos

O evento reuniu na orla de Copacabana cerca de 300 pessoas, segundo a
Flavia Villela - Repórter da Agência Brasil
Publicada em 09/08/2014 - 18:35
Rio de Janeiro
Ativistas defendem direitos das mulheres durante a Marcha das Vadias na Praia de Copacabana (Fernando Frazão/Agência Brasil)
© Fernando Frazão/Agência Brasil
Ativistas feministas defendem direitos das mulheres durante a passeata Marcha das Vadias na praia de Copacabana (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Ativistas defendem direitos das mulheres durante a Marcha das VadiasFernando Frazão/Agência Brasil

A Marcha das Vadias, evento de luta pelos direitos da mulher, reuniu hoje (9) na orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, cerca de 300 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Muitos manifestantes seguravam cartazes com palavras de ordem contra a violência sexual e de gênero e em defesa de direitos como ao parto humanizado, ao aborto e aos direitos sexuais.

O casal Ana Brumana e Thiago Queiroz foi à marcha pela primeira vez, levando o filho de 1 ano e 7 meses. "Viemos muito motivados pela temática meu corpo, minhas regras. A gente lutou muito pelo parto dele, que foi em casa, foi lindo. Essa é uma luta para a gente", contou Ana.

Cantando e tocando tambores improvisados com latas de tinta, os manifestantes caminharam cerca de 3 quilômetros pela orla.

Muitos homens que participaram da marcha usavam batom, saias e vestidos. O produtor cultural Felipe Gonçalves foi ao protesto pelo segundo ano consecutivo. "O movimento feminista tem crescido muito no Brasil, mas ainda está atrás de alguns movimentos como o movimento negro", opinou ele. "Muitas mulheres, como minha mãe, ainda não se veem no direito de manifestar, não se sentem pertencentes a movimentos como este, que é genial", comentou.

Ativistas feministas defendem direitos das mulheres durante a passeata Marcha das Vadias na praia de Copacabana (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Manifestantes condenam a violência contra a mulherFernando Frazão/Agência Brasil

O encontro reuniu representantes de diferentes movimentos e causas, como Laura Lee, vice-presidente do grupo Vitamore, de portadores de HTLV, uma doença sexualmente transmissível. "Viemos fazer uma divulgação desse vírus e também defender o direito das mulheres", declarou.

Na metade do percurso, houve princípio de tumulto quando o grupo tentou ocupar uma das vias da Avenida Atlântica e foi contido pela PM. Após alguns minutos de tensão entre alguns manifestantes e policiais, a marcha voltou a ocupar apenas uma das pistas da via.