A melhora da nota de crédito do Brasil pela Agência de rating internacional Moody’s pode ter impacto positivo no fluxo da dívida pública brasileira, atraindo mais investidores.
Essa é a avaliação do coordenador-geral de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Helano Borges Dias, em coletiva nesta quarta-feira (2).
A Dívida Pública Federal teve queda de 1,46% em agosto e chegou a R$ 7 trilhões. Segundo o Tesouro Nacional, a diminuição foi influenciada pelo alto volume de vencimentos de títulos vinculados à inflação.
Mesmo assim, de acordo com o Plano Anual de Financiamento, o estoque da dívida pública deve encerrar 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
O Tesouro resgatou mais de R$ 163 bilhões a mais do que emitiu em agosto. A dívida pública mobiliária interna caiu assim 1,55%. Já a dívida pública externa teve pequena alta, de 0,48%, passando de R$ 317 bilhões no mês passado.
Com o alto volume de vencimentos em agosto, os resgates somaram R$ 270 bilhões em títulos, valor bem maior que o registrado em julho, quando os resgates tinham atingido R$ 131 bilhões.
Por causa da greve dos servidores do Tesouro Nacional, o governo não divulgou os dados completos sobre a dívida pública.
Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, corrigido pela Selic, inflação ou até com uma taxa pré-fixada.