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Economia

Rodízio de água em São Paulo ainda não está definido, diz Alckmin

Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 30/01/2015 - 19:00
Brasília
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin concede entrevista acompanhado dos ministros, Aloizio Mercadante e Izabela Teixeira, após reunião com a presidenta Dilma Rousseff (José Cruz/Agência Brasil)
© José Cruz/Agência Brasil
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin concede entrevista acompanhado dos ministros, Aloizio Mercadante e Izabela Teixeira, após reunião com a presidenta Dilma Rousseff (José Cruz/Agência Brasil)

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que não pretende utilizar a terceira cota do volume morto do CantareiraJosé Cruz/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse hoje (30) que o governo ainda não definiu se irá adotar um sistema de rodízio de abastecimento de água no estado, nem qual seria o esquema implantado. Segundo ele, por enquanto, o governo trabalha com a redução da pressão de água à noite e com a oferta de bônus para quem consume menos água.

“Temos 5,1% [no Sistema Cantareira], um quadro agora de estabilidade e uma terceira reserva técnica que evitaremos usar. A Sabesp [Companhia Estadual de Saneamento Básico] está fazendo todos os estudos, o governo e a Sabesp tomarão todas as medidas necessárias”, disse Alckmin, que esteve hoje com a presidenta Dilma Rousseff em Brasília.

Segundo ele, o governo não pretende usar a terceira cota do volume morto do Cantareira, a não ser em caso de "extrema necessidade”.

Na última terça-feira (27), o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato Yoshimoto, disse que a empresa poderá adotar o sistema de rodízio de cinco dias por semana sem água, caso não aumente o volume de chuvas no Sistema Cantareira.

O governo estadual está trabalhando em projetos de curto e médio prazos para aumentar a oferta de água no estado e também controlando a demanda de água, lembrou Alckmin. Ele destacou que a inclusão da obra de integração entre as represas Jaguari e Atibainha no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) vai permitir que os serviços para a obra sejam feitos por meio do Regime Diferenciado de Contratação, o que vai acelerar o projeto. A previsão é que a obra esteja concluída em 18 meses. Para Alckmin, a interligação é importante porque vai praticamente dobrar a capacidade de reserva nos sistemas. 

Com investimento estimado em R$ 830,5 milhões, o empreendimento liga a Bacia do Rio Paraíba do Sul (da qual faz parte a Represa Jaguari) ao Sistema Cantareira (do qual faz parte o Reservatório de Atibainha).  A curto prazo, Alckmin citou a interligação do Rio Grande, um afluente da Represa Billings com a represa do Alto Tietê, que deve estar concluída em maio. Outras medidas são a construção de duas novas barragens que vão atender às regiões de Campinas, Piracicaba, Capivari e Jundiaí, e de estações de águas de reúso e a distribuição de caixas d'água para famílias de baixa renda. 

De acordo com o chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Aloizio Mercadante, apesar de a responsabilidade pela gestão da água seja do Executivo estadual, o governo federal pode construir parcerias para aumentar a oferta de água nos estados. Nesta semana, o governo federal também teve reuniões com os governadores do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e de Minas Gerais, Fernando Pimentel, para tratar da situação hídrica dos estados.

Também participaram da audiência de hoje com Dilma o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, e o secretário de Saneamento de São Paulo, Benedito Braga, os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu.