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Economia

Governo lança programa para estimular reforma de casas e geração de empregos

Paulo Victor Chagas e Pedro Peduzzi – Repórteres da Agência Brasil
Publicado em 09/11/2016 - 16:38
Brasília
Brasília - O presidente Michel Temer e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, lançam o Cartão Reforma, no Palácio do Planalto  (Valter Campanato/Agência Brasil)
© Valter Campanato/Agência Brasil
Brasília - O presidente Michel Temer e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, lançam o Cartão Reforma, no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

Brasília - O presidente Michel Temer e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, lançam o Cartão Reforma, no Palácio do Planalto Valter Campanato/Agência Brasil

Com o objetivo de auxiliar famílias de baixa renda e alavancar os empregos na construção civil, o governo federal lançou hoje (9) o Cartão Reforma. O programa vai oferecer R$ 5 mil, em média, a pessoas que pretendem reformar suas residências. O benefício deve começar a ser concedido em 2017 a famílias com renda bruta de até R$ 1,8 mil mensais para a compra de materiais de construção.

Segundo o Ministério das Cidades, 7,8 milhões de residências brasileiras precisam ser reformadas, das quais 3,8 milhões pertencem a famílias cujo salário se adequa aos critérios do programa. Para o orçamento de 2017 estão reservados ao programa R$ 500 milhões.

Durante o lançamento, ocorrido no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer defendeu a geração de empregos e disse que o cartão tem o objetivo de “fazer com que a pessoa tenha cada vez mais condições mais dignas”.

“Não há outra fórmula de gerar emprego senão incentivar a iniciativa privada. Quando milhares de pessoas vão às lojas de material de construção, elas estão contratando empregados”, afirmou.

O ministro das Cidades, Bruno Araújo, disse que os estados e municípios serão responsáveis por selecionar as áreas e identificar as famílias que tenham interesse em aderir ao Cartão Reforma. “O programa vai cuidar de brasileiros que ao longo dos anos conseguiram construir a sua habitação com grande sacrifício, mas são ainda precárias e sem condições de desenvolver com qualidade o futuro das suas famílias”, detalhou.

A contrapartida, de acordo com a pasta, é que os beneficiários sejam responsáveis pela mão de obra, orientados por técnicos oferecidos pelos governos. “Recebendo 15% dos recursos do programa, os estados e municípios vão contratar, através da assistência técnica, arquitetos, engenheiros, urbanistas e demais profissionais para auxiliar as famílias”, informou Bruno Araújo.

Estimular a indústria e gerar emprego estão entre as metas do Palácio do Planalto com o lançamento do programa.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, Valter Cover, o setor acumulou uma “alta perda de mercado” nos últimos três anos.

“O programa vai atender cada vez mais um segmento muito relevante da economia, além de ter um forte componente social, por ser destinado a famílias de baixa renda. Sabemos que para a plena recuperação do setor, não há única 'bala de prata'. São dezenas de projetos que terão que se consolidar para que possamos retomar o crescimento do setor”, afirmou na cerimônia.

Os beneficiários do programa não serão obrigados a comprar os materiais em uma loja específica. Eles poderão escolher o estabelecimento de sua preferência.

O presidente da Associação Nacional de Comerciantes de Materiais de Construção, Cláudio Elias Conz, destacou a presença na cerimônia de cerca de 150 lideranças do comércio e defendeu a importância dos empregos para o setor. “Lata de tinta não é nada sem o pintor”, disse, informando ainda que atualmente existem 140 mil lojas em todos os municípios brasileiros.