Consórcio paga R$ 68,2 milhões por concessão de terminais no Porto de Santarém

Publicado em 23/03/2017 - 11:55 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Santarém (PA) - Deslocamento de Santarém por meio de barco recreio até o encontro das águas dos rios Tapajós e Amazonas. Chegada na Comunidade de São Pedro (José Cruz /Agência Brasil)

Transporte fluvial é fundamental para a região

de Santarém José Cruz/Arquivo/Agência Brasil

O Consórcio Porto Santarém venceu hoje (23) o leilão para dois terminais de cargas líquidas no Pará. Pelo primeiro terminal (STM 04), o grupo pagou R$ 18,2 milhões, após uma rodada de lances em viva-voz disputada com mais dois concorrentes. A proposta inicial do consórcio pela concessão, válida por 25 anos, era de R$ 11, 2 milhões.

Pelo segundo terminal (STM 05), o consórcio foi o único a apresentar propostas e pagou mais de três vezes a outorga mínima de R$ 15 milhões, com um lance de R$ 50 milhões.

Ambos são terminais de madeira usados para o abastecimento de combustível na região. O vencedor deverá fazer investimentos de R$ 29,8 milhões para ampliação dos tanques de abastecimento de gasolina, etanol e diesel. Além dos valores de outorga, o grupo terá de pagar aluguel de R$ 2,5 mil por mês pelo STM 04 e uma taxa de R$ 1,35 por tonelada movimentada. O STM 05 demandará custo fixo mensal de R$ 25 mil e um valor de R$ 5,40 por tonelada movimentada.

O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, destacou que os contratos de operação dos terminais estavam vencidos, o que poderia gerar problemas de abastecimento na região. “Esses dois terminais não dão suporte só para a região de Santarém, mas para toda a região amazônica”, enfatizou.

BR-163

O ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintela, disse que o governo tem atuado para melhorar as condições da BR-163, que dá acesso aos terminais e que enfrentou problemas há algumas semanas. “O Exército será acionado em uma operação quase de guerra”, ressaltou o ministro sobre as ações de pavimentação que serão feitas na via. “Nossa expectativa é que esse tenha sido o último ano com esse tipo de problema na BR-163.”

Em fevereiro, por causa das chuvas intensas na região e do aumento do tráfego de caminhões carregados, a rodovia enfrentou a formação de vários pontos de atoleiro, em um trecho de 47 quilômetros, localizado entre as comunidades de Santa Luzia e Bela Vista do Caracol. As dificuldades de tráfego chegaram a formar 50 quilômetros de filas de caminhões. No início deste mês, os problemas se repetiram, e a circulação foi interrompida, no último dia 4, no sudoeste do Pará.

A BR-163, conhecida como Rodovia Cuiabá-Santarém, é a principal ligação entre a maior região produtora de grãos do país, em Mato Grosso, e os portos da Região Norte, principalmente em Miritituba e Santarém, no Pará.

Edição: Lidia Neves

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