Polícia do Rio encontra cinco corpos próximo à comunidade da Mangueira

Publicado em 30/10/2014 - 14:13 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A guerra pelo controle do tráfico de drogas na comunidade da Mangueira resultou na morte de cinco pessoas. Os corpos foram encontrados na manhã de hoje (30) dentro de um carro abandonado na Rua General Gustavo Cordeiro de Farias, em Benfica, na zona norte do Rio. Segundo a Polícia Civil, eles estavam envolvidos na morte do jovem Caio Martins Ferreira, de 17 anos, na quadra de futebol da comunidade da Mangueira na terça-feira (28). No carro onde os corpos foram encontrados havia um papelão com os dizeres: "Não aceitamos covardia. Vida paga com vida. Matou inocente morreu". Três corpos estavam no porta-malas e dois, no banco traseiro.

De acordo com o delegado da Divisão de Homicídios, Alexandre Herdy, dois dos cinco mortos já tinham mandados de prisão expedidos pela morte de Caio. Outro traficante acusado de matar Caio, identificado como Ederson Figueiredo, o Sobel, continua foragido da polícia. De acordo com Herdy, a guerra entre facções na Mangueira começou com a morte do ex-traficante Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, em setembro. Ele comandou por mais de uma década o tráfico no Morro da Mangueira. Tuchinha estava trabalhando há pouco tempo na ONG AfroReggae e disse que tinha deixado o tráfico de drogas.

“Três dessas pessoas podem estar envolvidas na morte do Caio, mas ainda é cedo para afirmar qualquer relação com o fato de anteontem. As investigações vão prosseguir ouvindo os familiares das vítimas e demais informações da inteligência da polícia", disse Herdy.

O delegado informou ainda que a polícia tem agido investigando os casos de violência na região. “A investigação inicial foi no caso do Tuchinha. O inquérito já foi encaminhado para a Justiça. A polícia investiga se os cinco homens teriam sido mortos no Morro da Serrinha e trazidos para Benfica. Todos são moradores antigos da Mangueira e teriam trocado de facção criminosa junto com Tuchinha .Os acusados pertenceriam agora à facção criminosa que comanda o tráfico na Serrinha", explicou Herdy.

Edição: Talita Cavalcante

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