Pesquisa mostra melhora no índice de qualidade de vida na capital paulista

Publicado em 22/01/2015 - 15:34 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Metrô

Transportes e mobilidade urbana estão entre os itens cuja avaliação melhorou em 2014      Arquivo/Agência  Brasil

O Índice de Bem-Estar na Cidade de São Paulo aumentou de 4,8 pontos em 2013 para 5,1 pontos no ano passado. O indicador é medido em uma escala de 1 a 10 a partir de 169 itens abordando 25 temas. Apesar da melhora no índice geral, temas considerados prioritários pela população registraram queda e alguns estão abaixo da média de 5,5 pontos. No total, 139 itens ficaram abaixo desse patamar, 28 acima e dois com a nota média. A avaliação dos transportes e mobilidade melhorou.

A sexta edição da pesquisa da Rede Nossa São Paulo, que ouviu 1.512 pessoas maiores de 16 anos, divididas proporcionalmente por todas as regiões da capital. O levantamento foi feito entre 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014.

O índice varia de acordo com as regiões e os bairros. Na região oeste da capital, o índice chega a 5,6 e no centro a 5,3. No extremo norte da cidade, o índice é 4,5 pontos e nos bairros mais afastados da região sul em 4,7. O número de entrevistados que disseram que deixariam a cidade, se pudessem, ficou em 57%. A pesquisa mostrou que 40% dos entrevistados não têm intenção de sair de São Paulo.

O tema transportes e mobilidade avançou de 3,9 pontos no levantamento anterior para 4,1. O tempo de espera dos ônibus teve nota 0,5 ponto melhor e ficou em 4,4. O tempo de deslocamento na cidade também teve avaliação mais positiva e saiu de 3,7 para 4,1. A tarifa do transporte público teve nota 4, melhora de 0,1 ponto percentual quando comparada com 2013. A pesquisa foi feita antes do aumento no preço das passagens de R$ 3 para R$ 3,50. Em relação ao número de ciclovias, a nota subiu de 4,2 para 4,6 pontos.

 

 

Condomínio do Programa Minha Casa, Minha Vida, em Guadalupe, zona norte do Rio, invadido na noite de domingo (9) com ajuda de criminosos armados. A Justiça determinou a reintegração de posse (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Nos itens habitação e políticas de aquisição da casa própria, a avaliação caiu       Arquivo/Agência Brasil

A percepção da população em relação à habitação caiu 0,2 ponto e ficou com nota 4,4. Nessa área, considerada a quarta mais importante pelo paulistano, pesou o item políticas de aquisição da casa própria, que perdeu 0,2 ponto e está em 3,9 pontos. O quesito qualidade da moradia também teve redução de 0,4 ponto e registrou 5,8 pontos.

Apesar de acima da média, a nota do tema trabalho caiu de 6,1 em 2013 para 5,8 neste último levantamento. A percepção sobre a renda individual perdeu 0,5 ponto e teve nota 5,3. A perspectiva de crescimento profissional oscilou de 0,3 negativamente e ficou com nota 6,2.

O prefeito Fernando Haddad disse que a administração municipal costuma trabalhar com dados mais objetivos, como o número de reclamações, para avaliar a qualidade dos serviços. No entanto, ele destacou que o levantamento ajuda a entender a percepção que a população tem dos serviços. “Nós trabalhamos com indicadores mais objetivos, com número de reclamações. Isso nos dá outra métrica para avaliar se o serviço está melhorando”, ressaltou, ao participar do lançamento da pesquisa.

Sobre as tarifas do transporte, que têm sido alvo de protestos nas últimas semanas, Haddad destacou que a prefeitura tem buscado fazer ajustes graduais. Segundo ele, esta é uma preocupação legítima, e os benefícios estão sendo ampliados a cada ano: no passado, foi o bilhete mensal e o passe do idoso e, neste ano, o passe livre para estudante. "Estamos tentando atender as categorias mais vulneráveis em um processo gradual.”

O Movimento Passe Livre (MPL) convocou para amanhã (23) um novo protesto contra o aumento das passagens do transporte público.

Edição: Marcos Chagas

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