Organizadores dizem que ato no dia 20 defenderá Dilma, mas fará críticas

Publicado em 17/08/2015 - 21:18 Por Da Agência Brasil - São Paulo
Atualizado em 24/08/2015 - 20:37

Sindicalistas e dirigentes de movimentos sociais que realizarão manifestações no próximo dia 20 disseram hoje (17), em São Paulo, que são contrários ao impeachment e a qualquer outra ameaça ao mandato da presidenta Dilma Rousseff, mas pretendem manter independência em relação ao governo.

Em entrevista coletiva, dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) e da União Nacional dos Estudantes (UNE) afirmaram que irão às ruas das principais cidades do país para defender o regime democrático e assegurar a incolumidade do mandato presidencial.

“Somos contra o golpismo, somos contra as saídas à direita que se tenta dar à crise. Não se pode ter uma visão simplista de que dia 16 era 'fora Dilma' e dia 20 será 'viva Dilma'. Não é. Dia 20 não é um ato em defesa do governo, é um ato em defesa da pauta dos trabalhadores”, disse Guilherme Boulos, uma das lideranças do MTST.

Nessa pauta, os organizadores da manifestação destacam a posição contrária ao ajuste fiscal e pedem, entre outras reivindicações, a redução da jornada de trabalho sem diminuição do salário. Manifestam-se ainda contra a chamada Agenda Brasil, proposta pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL), por considerá-la um “retrocesso”. E pedem a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara.

*Texto alterado às 20h37 do dia 24/09/2015 para retirar declaração equivocadamente atribuída a Guilherme Boulos.

Edição: Jorge Wamburg

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