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Médicos e servidores protestam contra abandono de hospital universitário no Rio

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/01/2016 - 16:11
Rio de Janeiro

Residentes e funcionários do Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), protestaram hoje (29), na sede do hospital, em Vila Isabel, zona norte da cidade, contra o atraso de pagamentos, das bolsas-auxilio e dos cortes de recursos que interromperam cirurgias e internações clínicas.

De acordo com os manifestantes, de quase 500 leitos disponíveis, atualmente apenas 100 estão ocupados. "Hoje, o hospital enfrenta uma série de cortes. Residentes sem receber bolsas-auxílio, funcionários terceirizados das áreas de limpeza, manutenção, segurança e alimentação sem receber salários, centro cirúrgico fechado, cirurgias e internações suspensas e centro radiológico praticamente inativado por falta de manutenção de equipamentos”, denunciaram os residentes da unidade.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SinMed/RJ), Jorge Darze, também participou do protesto. Segundo ele, é grave a situação do hospital, que pode acabar fechando.

“Estamos falando de um hospital com responsabilidade social muito grande. É uma unidade que forma pessoal, faz pesquisa e atendimento de alta complexidade que os demais hospitais não têm”, acrescentou.

Conforme Jorge Darze, a mão de obra terceirizada na área de faxina, segurança e alimentação está sem salário há mais de três meses. "Um hospital não pode ficar sem limpeza e alimentação. O hospital está praticamente inviabilizado.”

Por meio de nota, a Uerj informou que não recebeu o repasse dos recursos necessários para honrar esses compromissos, mas que busca regularizar os pagamentos atrasados referentes a bolsas, contratos e serviços terceirizados o quanto antes. Ontem (28), os terceirizados do hospital protestaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado.

O governador do estado do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse semana passada que estuda transferir a gestão do hospital para a Secretaria Estadual de Saúde.

Na semana passada, uma forte chuva alagou o centro cirúrgico da unidade, ala nova da unidade, inaugurada há dois meses.

Em maio do ano passado, a crise no hospital já era sentida por funcionários e estudantes de medicina, que fizeram uma manifestação por melhorias no centro biomédico da unidade.

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