Polícia do Ceará prende seis pessoas envolvidas em atentados a delegacias

Publicado em 08/03/2016 - 14:26 Por Edwirges Nogueira - Correspondente da EBC - Fortaleza

As forças de segurança do Ceará identificaram e prenderam seis pessoas envolvidas nos ataques a cinco delegacias e ao prédio da Secretaria de Justiça, ocorridos entre quinta-feira (3) e sábado (6). As prisões ocorreram no domingo (6) e ontem (7).

Entre os detidos estão uma mulher, companheira de um presidiário, e um homem que havia saído há cerca de 20 dias de uma das casas de Privação Provisória de Liberdade (CPPLs) do estado. Ele é considerado um dos que articularam e cooptaram participantes para os ataques.

As informações foram apresentadas nesta terça-feira, durante coletiva na sede da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS)

De acordo com o delegado-geral da polícia Civil, Andrade Júnior, também foram identificados dois internos do sistema prisional que teriam ordenado os atos contra os prédios públicos. Ele informou ainda que outras duas prisões relacionadas ao caso devem ser feitas nas próximas horas.

Os ataques a prédios públicos de órgãos de segurança ocorreram na sequência dos incêndios a cinco ônibus em Fortaleza. Quatro pessoas foram presas e três adolescentes apreendidos. Com os jovens, a polícia encontrou um galão de combustível, fósforos e um revólver calibre 32.

A polícia trabalha com pelo menos cinco hipóteses para os crimes. Conforme o secretário da Segurança, Delci Teixeira, nenhuma das linhas de investigação foi descartada. Segundo ele, a motivação mais provável seria a vingança pela morte de um adolescente durante troca de tiros com a polícia no dia 1º de março. Para a SSPDS, ele teria envolvimento com o tráfico de drogas e seria parente de um detento.

Sobre a possível participação de facções nos ataques no Ceará, Teixeira disse que não há indícios. “Existem facções dentro dos presídios em todo o país, até mesmo para se autoprotegerem. Mas daí a dizer que eles estão dominando fora dos presídios não chegamos a isso. São ações de pessoas de dentro das prisões que determinam situações, mas nós estamos atentos e combatendo esses atos. Todo criminoso é um criminoso, seja ele de facção ou não.”

Edição: Armando Cardoso

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