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Doria diz que programa Redenção vai retirar usuários de droga das cracolândias

Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 07/02/2017 - 15:53
São Paulo
São Paulo - O prefeito João Doria fala sobre o programa Redenção, de combate ao crack e atendimento ao usuário  (Rovena Rosa/Agência Brasil)
© Rovena Rosa/Agência Brasil

O prefeito de São Paulo, João Doria, disse hoje (7) que vai retirar usuários de drogas das áreas conhecidas como cracolândias ainda no primeiro semestre deste ano. Doria não deu detalhes do programa denominado Redenção, que tem como objetivo acabar com esses núcleos, e disse que há pontos estratégicos que não podem ser antecipados para garantir o sucesso da medida. Ele afirmou, entretanto, que o processo será implantado de forma humanitária e medicinal.

“É um programa contínuo executado em prazo relativamente curto, mas se mantém isso permanentemente. Aliás o valor do resgate está na permanência constante do programa. Os ocupantes não ficarão mais na rua receberão o atendimento clínico e social necessário”, afirmou após reunião na Secretaria Estadual de Segurança Pública.

Segundo ele, o programa será realizado de forma integrada entre as secretarias municipais de Saúde, Assistência e Desenvolvimento Social, Urbanismo e Licenciamento, Governo, prefeituras regionais e Segurança Urbana e seguirá as seguintes etapas: ação social, ação urbanística, ação de zeladoria urbana, ação junto a sociedade civil, ação medicinal, ação policial e ação de comunicação social.

“A cracolândia da Luz e as outras sete existentes [em São Paulo] merecem tratamento que envolve o campo dessas sete atuações, por isso, julgamos como de fundamental importância a ação conjunta entre governo federal, estadual, municipal, sociedade civil, promotoria pública e OAB [Ordem dos Advogados do Brasil]”, ressaltou Doria.

Doria disse ainda que a imagem da cracolândia é ruim para as pessoas, para cidade e para o país. “Queremos que aquela imagem seja coisa do passado e que as pessoas que ali estão como psicodependentes possam ter seu atendimento clínico, resgate da própria vida, ter oportunidade de emprego e chance de cidadania. Aqueles que forem criminosos terão a força da lei e serão presos.”

A reunião de duas horas e meia foi a terceira do grupo responsável pelo programa e contou com a participação de secretários estaduais, municipais, membros da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público.