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Anvisa firma convênio com a USP para projeto de rastreabilidade de medicamentos

Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/04/2017 - 13:02
São Paulo
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© Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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Projeto-piloto visa à rastreabilidade de remédios   Marcello  Casal  Jr./Arquivo/Agência  Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) firmou hoje (19) um convênio com a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) para desenvolver um projeto-piloto de rastreabilidade de medicamentos. O modelo está sendo elaborado a partir da Lei 13.410 de 2016, sancionada nos últimos dias do ano passado.

A nova legislação substituiu a norma anterior de criação de um sistema nacional de controle de medicamentos que vigorava desde 2009. “Apesar da excelente intenção da lei, que era responder às denúncias sobre falsificação de medicamentos, como toda a lei feita sob uma certa emoção do momento, ela se revelou não factível. Ela propunha implantar em três anos apenas um sistema que é complexo”, disse o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, ao explicar por que não foi possível cumprir o estabelecido na lei anterior.

Barbosa informou que o novo sistema está agora na fase de regulamentação, que tem prazo de quatro meses, prorrogáveis pelo mesmo período. Em seguida, deverá ser posto em prática, com auxílio do Hospital das Clínicas, vinculado à USP, o projeto-piloto de rastreabilidade. O convênio firmado hoje prevê investimento de R$ 5 milhões para elaboração desse modelo, que terá ainda apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Os resultados obtidos na fase experimental serão avaliados por um período de até oito meses, para que, então, o sistema passe para a etapa de implementação, com prazo de até três anos. Barbosa destacou que a falta de exemplos internacionais faz com que a experiência brasileira seja pioneira em sua magnitude. “Nós não temos um país do tamanho do Brasil que implantou [esse tipo de sistema]”, disse ele, ao lembrar que existem experiências semelhantes na Turquia e na Argentina.

O presidente da Anvisa espera que, ao final desse novo processo, o Brasil consiga elaborar um modelo que atenda às diversas necessidades em relação ao tema, abrangendo as assimetrias do país. “Um sistema factível, simples, que atenda à complexidade do país e se volte para apresentar aqueles resultados que são esperados: combater as fraudes, falsificação e possibilitar o gerenciamento de toda a cadeia de produção, distribuição e dispensação de medicamentos no nosso país”.