Ministro da Cultura inicia comemorações aos 200 anos da independência

Publicado em 11/12/2018 - 21:45 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasileiro - Rio de Janeiro

Os 200 anos da independência do Brasil, dia 7 de setembro de 2022, começaram a ser comemorados com a abertura de  uma exposição na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, que foi aberta hoje (11). O  ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, e a presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Helena Severo, participaram da abertura da mostra, que traz  mais de 200 peças, incluindo fotos, gravuras, projeções e documentos históricos.

O ministro da Cultura disse que é importante o país começar, desde já, a discutir o significado da independência através de uma extensa programação cultural que ocorre pelos próximos anos e envolva a sociedade.

“Uma data da importância da independência precisa ser celebrada ao longo de um período grande, suficiente para que muitos eventos aconteçam, exposições, seminários, filmes, lançamentos de livros, para que a gente aumente a bibliografia. A ideia é exatamente que a gente possa dar início a esse processo e que seja o mais rico possível”, disse Sá Leitão.

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, abre a exposição 1808 a 1818, A construção do reino do Brasil, na Biblioteca Nacional, dando início às comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil.
O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, abre a exposição 1808 a 1818, A construção do reino do Brasil, na Biblioteca Nacional, dando início às comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil - Fernando Frazão/Agência Brasil

Futuro do ministério

Segundo o ministro, o mais importante não é a existência independente do Ministério da Cultura, que no governo de Jair Bolsonaro deverá estar incluído no Ministério da Cidadania, chefiado por Osmar Terra, e que englobará também os ministérios do Desenvolvimento Social e Esporte.

“Acho normal o novo governo ter suas ideias e visões. O que eu tenho procurado fazer é compartilhar todas as informações a respeito do ministério, sua estrutura, os programas, as ações. E tenho procurado fazer uma defesa da instituição, da área e do acervo de programas e ações que realizamos, com intuito de fazer com que o novo governo enxergue a relevância estratégica da cultura. Eu acho que não é questão de ter ou não um ministério exclusivo, é uma questão de ter ou não uma política pública de cultura à altura da importância social e econômica do setor cultural”, disse Sá Leitão.

Segundo Sá Leitão, o importante é a relevância que se dará no próximo governo à política cultural. “Nós temos, no mundo, muitos exemplos de países que não têm ministérios da Cultura exclusivos e são referências em termos de política cultural. O que importa é justamente a importância, a relevância, que o governo dá à política cultural. Acho que nós estamos falando de um país, Brasil, que é riquíssimo nessa área e tem muitos ativos. Não ter uma política cultural à altura é um desperdício gigantesco e eu espero que isso não aconteça”, disse.

Avaliação

Sá Leitão avaliou que cumpriu sua missão à frente do Ministério da Cultura, destacou alguns projetos ainda serão entregues até o final do ano e defendeu a Lei Rouanet.

“Eu tenho a sensação do dever cumprido. Tudo o que foi planejado está sendo executado. Algumas entregas ainda serão feitas até o final do ano, algumas obras do patrimônio histórico, alguns centros culturais, alguns estudos de impacto econômico. Eu sou um entusiasta e um defensor da Lei Rouanet. Este estudo de impacto econômico, feito pela FGV, vai justamente demonstrar isso. O quanto a Lei Rouanet contribui para o desenvolvimento do Brasil, na forma de geração de emprego e renda. E como é um incentivo que tem uma performance melhor para o país do que outros incentivos. A indústria automobilística tem um incentivo fiscal 4,5 vezes maior e gera cinco vezes menos emprego do que a área da cultura”, disse o ministro, que falou com a Agência Brasil com exclusividade enquanto percorria a exposição.

Biblioteca Nacional

A presidente da FBN, Helena Severo, antecipou que os próximos desafios para a instituição são a reforma completa do seu sistema elétrico, que ela considera totalmente precário, e o prosseguimento da digitalização de seu acervo, possibilitando que ele seja acessado de qualquer parte do mundo pela internet. A exposição 1808–1818: A Construção do Reino do Brasil é gratuita e pode ser vista na Biblioteca Nacional, de segunda-feira à sexta-feira, das 9h às 16h30.
 

Edição: Fábio Massalli

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