Vale instala primeira barreira no rio Paraopeba
![REUTERS/Washington Alves/Direitos Reservados General view of mud-filled Paraopeba river, after a tailings dam owned by Brazilian mining company Vale SA collapsed, in Mario Campos near Brumadinho, Brazil, January 27, 2019. REUTERS/Washington Alves](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
A mineradora Vale, responsável pela barragem que se rompeu no dia 25 de janeiro em Brumadinho (MG), deixando pelo menos 115 mortos, instalou hoje (2) a primeira membrana no Rio Paraopeba. Segundo informações divulgadas pela empresa, a barreira foi colocada próximo à captação de água da cidade de Pará de Minas, a cerca de 40 quilômetros de Brumadinho.
De acordo com a Vale, o sistema de captação de Pará de Minas será protegido por três barreiras de retenção. As outras duas devem ser instaladas até amanhã. “A empresa ressalta que esta é uma medida preventiva, de modo a garantir que o abastecimento de água do município seja contínuo”, diz o informe.
A instalação está prevista no plano de contenção e recuperação apresentado no dia 30 ao Ministério Público e aos órgãos ambientais. As medidas visam mitigar os efeitos do desastre ambiental em três trechos, sendo o de Pará de Minas na terceira parte, que fica entre Juatuba e a Usina de Retiro Baixo. Segundo os estudos, o local tem “potencial de receber os sedimentos ultrafinos”.
A barreira de contenção tem 30 metros de comprimento, com profundidade de dois a três metros. A estrutura de tecido filtrante evita a dispersão das partículas sólidas, como argila, silte e matéria orgânica, que provocam a turbidez da água.
As cortinas contêm correntes metálicas na parte submersa, que permitem que o tecido permaneça na posição vertical mesmo com o fluxo do rio. Uma boia cilíndrica fica na superfície, o que contribui para a contenção de elementos suspensos na água.
![Marcelo Camargo/Agência Brasil Brasília (DF), 29/02/2024 - Larvas são analisadas em laboratório da vigilância ambiental do DF para comprovação de que são do mosquito transmissor da dengue. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)