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Internacional

Combate ao Estado Islâmico deve ser um dos temas centrais da Assembleia da ONU

Leandra Felipe - Correspondente Agência Brasil/EBC
Publicado em 24/09/2014 - 09:45
Atlanta
epa04414407 Syrian refugees wait at the Syrian-Turkish border near Sanliurfa, Turkey, 24 September 2014. The Islamic State assault against dozens of Kurdish villages in northern Syria could create a mass exodus, with up to 400,000 seeking refuge in neighbouring Turkey, a United Nations official warned. According to Turkish authorities, 138,000 Kurdish Syrians have poured into the country since late last week. It is unclear if the entire population of the region will ultimately end up fleeing, UN refugee agency (UNHCR) spokeswoman Melissa Fleming said.  EPA/SEDAT SUNA
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Estado Islâmico - Refugiados sírios aguardam na fronteira com a Turquia para fugir dos ataques do Estado Islâmico

Refugiados sírios aguardam na fronteira com a Turquia para fugir dos ataques do Estado IslâmicoEPA/Sedat Suna

A discussão de uma iniciativa conjunta para combater o Estado Islâmico, no Iraque e na Síria, deve ser um dos temas predominantes nos debates da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que se inicia hoje (24), em Nova York. Embora o tema central definido pelo organismo seja a Construção de uma Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 e a Luta contra a Pobreza e a Fome, o combate aos Jihadistas e à epidemia de ebola na África e o conflito na Ucrânia e na Faixa de Gaza são assuntos emergentes da agenda internacional no momento.

O primeiro dia já prevê a discussão do tema, de uma ação conjunta contra o Estado Islâmico. Após a abertura do debate pela manhã, com o discurso da presidenta Dilma Rousseff, previsto para as 10h no horário de Brasília, está programada uma sessão de cúpula do Conselho de Segurança, no período da tarde.

A sessão será presidida pelo presidente Barack Obama, porque o conselho neste mês está sob a presidência americana. Segundo fontes diplomáticas, ele deverá votar uma resolução sobre "combatentes terroristas estrangeiros", para tentar evitar a participação de pessoas de outras nacionalidades em grupos radicais considerados terroristas, como o Estado Islâmico.

O Brasil não tem voto no conselho, mas deve acompanhar de perto o debate, com a postura conciliadora já reconhecida. A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (23), após a Cúpula do Clima, que o país sempre defenderá a negociação em lugar da luta armada na resolução de conflitos. Depois das discussões dessa terça-feira, tanto a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) quanto a ONU se mostraram favoráveis à busca de uma posição mais "forte e unida" da comunidade internacional contra o grupo extremista.

Os secretários-gerais da Otan e da ONU, Anders Fogh e Ban Ki-moon, respectivamente, reuniram-se ontem à tarde em Nova York para discutir os principais temas da agenda internacional no momento.

Fora o tema Estado Islâmico, o ebola deve ser bastante mencionado pelos países. Sobre a epidemia já existe um consenso de que o atual surto no Oeste africano deve ser combatido globalmente. Além disso, os conflitos na Ucrânia e Faixa de Gaza – assuntos sensíveis e em negociações regionais – também devem ser explorados pelos 193 países-membros.

Além desses itens, diplomatas e analistas internacionais e latino-americanos apostam que os países emergentes devem seguir a tendência já verificada de pedir a reforma da ONU e a democratização do Conselho de Segurança do organismo.

Os 193 países enviaram chefes de Estado, de Governo e ministro. Presidentes de alguns países não participarão, como é o caso da Rússia, China e de Cuba. O presidente russo, Vladimir Putin, enviou seu chanceler, Serguey Lavrov.

*Com informações das Agências Lusa e Telam.