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Internacional

Michelle Obama faz primeira aparição em campanha e apoia Hillary Clinton

Conhecida por sua aversão a campanhas eleitorais, Michelle raramente
José Romildo – Correspondente da Agência Brasil
Publicado em 28/10/2016 - 08:28
Estados Unidos
A candidata à presidência dos Estados Unidos pelo partido Democrata, Hillary Clinton, recebeu o apoio da primeira-dama Michelle Obama, durante um comício em Winston-Salem, no estado da Carolina do Norte
© Brian Blanco/EPA/Agência Lusa

A candidata à presidência dos Estados Unidos pelo partido Democrata, Hillary Clinton, recebeu o apoio da primeira-dama Michelle Obama, durante um comício em Winston-Salem, no estado da Carolina do Norte

A candidata à presidência dos Estados Unidos pelo partido Democrata, Hillary Clinton, recebeu o apoio da primeira-dama Michelle Obama, durante um comício em Winston-Salem, no estado da Carolina do NorteBrian Blanco/EPA/Agência Lusa

A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, fez nesta quinta-feira (27) sua primeira aparição em comícios da corrida eleitoral para eleger o próximo presidente dos Estados Unidos, em eleições marcadas para 8 de novembro de 2016. Michelle, que apareceu ao lado da candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, em Winston-Salem, no estado da Carolina do Norte, é hoje uma das personalidades mais admiradas pelos norte-americanos.

Hillary Clinton disse, em seu discurso, que a "dignidade e respeito pelas mulheres e meninas também está nas urnas nesta eleição", em uma referência ao candidato do Partido Republicano, Donald Trump, que vem sendo acusado de assédio sexual por dez mulheres. Hillary também se referia a uma conversa de Trump, gravada em um vídeo de 2005, em que ele usa palavras grosseiras em relação às mulheres.

A candidata do Partido Democrata elogiou a participação da mulher do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no comício dos democratas. "Michelle veio para trabalhar duro, para manter-se fiel aos nossos valores e para nos lembrar que nunca devemos parar de lutar por aquilo em que acreditamos", disse Hillary. "Ela passou oito anos como nossa primeira-dama incentivando as meninas ao redor do mundo a ir à escola", acrescentou Hillary sobre o trabalho de Michelle Obama. E concluiu:  "Sério! Existe alguém mais inspiradora do que Michelle Obama?".

Conhecida por sua aversão a campanhas eleitorais, Michelle Obama raramente participa de eventos públicos partidários. Durante a campanha deste ano, ela limitou-se a fazer um discurso, em horário nobre, durante a Convenção Nacional do Partido Democrata, em julho.

Michelle também é autora da seguinte frase: "Enquanto eles vão por baixo, nós vamos pelo alto". A expressão foi uma dura crítica aos republicanos que constantemente atacavam a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton. A afirmação virou bordão e é constantemente usada nos discursos de Hillary Clinton.

A participação de Michelle Obama em comícios do Partido Democrata ocorre em um momento crucial da campanha: o partido está tentando arregimentar o maior número possível de eleitores para a votação antecipada. A votação antecipada é uma regra eleitoral norte-americana que permite que o eleitor envie seu voto pelo correio ou compareça a um local previamente determinado para votar. Muitas pesquisas de intenção de votos que colocam Hillary Clinton à frente de Donald Trump incluem esses votos antecipados.

Pesquisas

Ao participar de um programa na rede de televisão Fox News, Donald Trump disse que as pesquisas que mostram Hillary Clinton como a favorita para ganhar as eleições "estão fraudadas". Em outro comício em Geneva, no estado de Ohio, Trump disse que as eleições deveriam ser canceladas para atribuir a ele, e não a Hillary Clinton, a vitória eleitoral.

"Sou bom [candidato], mas as pessoas ficam com raiva [de ouvir isso], por isso só vou dizer quando ganharmos em 8 de novembro", disse Donald Trump em discurso.

Durante o discurso de Donald Trump, o jornal britânico The Guardian fez uma enquete informal entre as pessoas presentes para saber o que elas achavam das pesquisas que apontavam Hillary Clinton na liderança da corrida eleitoral. Segundo o jornal, as 18 pessoas entrevistadas não acreditam no resultado dos levantamentos. Todas creem firmemente que as pesquisas são manipuladas e não confiáveis e que, por isso, Donald Trump não deve abandonar a campanha.