Trump pode enviar até 15 mil militares à fronteira com México
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou hoje (31) que pode enviar até 15 mil militares à fronteira com o México diante da chegada de uma caravana com milhares de imigrantes que se originou em Honduras e que agora cruza o México em direção ao território americano.
"Enquanto a caravana for uma preocupação, nosso exército estará aí fora. Temos por volta de 5 mil (soldados). Alcançaremos um ponto entre 10 mil e 15 mil de pessoal militar", declarou o presidente antes de iniciar uma viagem a Fort Myers, na Flórida.
Ontem (30), o Pentágono antecipou que enviaria mais tropas, além dos 5.239 soldados anunciados em um primeiro momento, mas não detalhou o número de militares adicionais.
De fato, o comandante do Comando Norte das Forças Armadas, o general Terrence J. O'Shaughnessy, negou ontem que o Pentágono estivesse pensando em mandar cerca de 14 mil militares à região, como tinham noticiado alguns meios de comunicação.
Se chegar finalmente ao teto máximo de 15 mil, superaria o número de soldados que os Estados Unidos têm atualmente no Afeganistão, cerca de 14 mil.
O anúncio de Trump acontece apenas seis dias antes da realização das eleições legislativas.
O suposto objetivo desta operação é auxiliar o Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP, em inglês) diante da hipotética chegada de duas caravanas de imigrantes.
De acordo com o CBP, cerca de 3,5 mil pessoas integram a primeira caravana, que chegou a estar composta por 7 mil imigrantes; enquanto 3 mil fazem parte do segundo comboio.
Segundo os últimos dados fornecidos pelo Pentágono, pelo menos 1 mil militares já se encontram no Texas.
Entre os soldados, haverá três batalhões de engenheiros de combate, tropas especializadas em aviação e outros soldados responsáveis por logística e tratamento médico.
A atuação destas forças é limitada, já que uma lei americana de 1878 proíbe usar os soldados para tarefas de segurança e ordem pública em nível nacional.
Os militares que serão enviados nos próximos dias se somarão aos 2.092 soldados da Guarda Nacional – um corpo de reserva das forças armadas – que se encontram na fronteira sul desde abril devido a outra caravana de migrantes, que nesse caso iniciou seu percurso no sul do México.