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Internacional

Colômbia foi país mais perigoso para ambientalistas em 2022

Informação é do Grupo de defesa britânico Global Witness
Oliver Griffin - Repórter da Reuters
Publicada em 13/09/2023 - 08:06
Bogotá
O Parque Chiribiquete, o maior da Colômbia, está localizado na região que concentra 30 por cento do desmatamento do país. Foto: Parque Nacional de Chiribiquete
© Parque Nacional de Chiribiquete
Reuters

A Colômbia foi o lugar mais perigoso para ambientalistas em 2022, com pelo menos 60 defensores ambientais e de direitos fundiários mortos no país, disse o grupo de defesa britânico Global Witness em relatório divulgado nessa terça-feira (12).

A organização não governamental (ONG) Global Witness descobriu que pelo menos 177 ambientalistas foram mortos em todo o mundo no ano passado. A América Latina foi responsável por 88% dos assassinatos. 

“Na Colômbia e em outros lugares, os povos indígenas, as comunidades afrodescendentes, os pequenos agricultores e os ativistas ambientais foram cruelmente visados”, disse Laura Furones, conselheira sênior da Campanha de Defensores da Terra e do Meio Ambiente da Global Witness.

As conclusões do relatório recolocaram a Colômbia no topo da lista dos países mais violentos para os ambientalistas, depois de os assassinatos terem diminuído em 2021 em comparação com os anos de 2019 e 2020.

Desde que assumiu o poder em agosto do ano passado, o governo do presidente Gustavo Petro, de esquerda, prometeu intensificar as iniciativas para deter a violência.

“É realmente uma estatística vergonhosa para o país”, disse a ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, em mensagem de vídeo.

Em outubro do ano passado, o governo Petro aprovou lei que ratifica o acordo de Escazu sobre proteção ambiental.

O acordo, adotado na região homônima de Escazu, na Costa Rica, em março de 2018, inclui disposições para proteger os ambientalistas, entre outras. A lei ainda não foi aprovada pelo Tribunal Constitucional da Colômbia.

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