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Política

Cunha anuncia recuo na concessão de passagens para cônjuges de parlamentares

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 02/03/2015 - 18:29
Brasília
Predidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, preside sessão de votação da Casa (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
© Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recuou da decisão de permitir que mulheres ou maridos de parlamentares viajem de suas cidades para Brasília com passagens aéreas pagas com recursos públicos.

 Dirigentes de centrais sindicais se reúnem com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Os sindicalistas pedem a rejeição das Medidas Provisórias que alteram direitos trabalhistas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Cunha: decisão de conceder passagens não foi precipitada    Fabio  Pozzebom/Agência Brasil

Cunha disse que proporá amanhã (3) aos integrantes da Mesa Diretora da Câmara um recuo em relação à decisão de conceder passagens para cônjuges de parlamentares. Ele reconheceu que a repercussão não foi positiva. “Se não foi positiva, por que manter?”, indagou o presidente da Casa.

“Estou tomando minha decisão. Como propus a concessão de passagens e a Mesa decidiu, vou propor a revogação e ela tem de decidir. Não pode a decisão da Mesa ter causado desgaste e eu ser o salvador da pátria e revogá-la. Vou levar à Mesa [a proposta de recuo], para que ela tenha o direito de participar da nova proposta e concordar, ou não. A decisão cabe à Mesa. Minha proposta é de recuo”, afirmou Eduardo Cunha.

“O que posso afirmar é que haverá recuo. A Mesa decidirá em conjunto o tipo de recuo. Não pode ser uma ação voluntarista. Defendo criar uma condição, avaliar as excepcionalidades, que poderiam ser adotadas mediante decisão sobre cada caso. O parlamentar é que teria de requerer e nós definirmos o critério. Esta é a minha proposta”, acrescentou.

Para Eduardo Cunha, a decisão sobre concessão de passagens aos cônjuges de parlamentares não foi “precipitada, nem é preciso tomar mais cuidado”. Segundo ele, é bom quando alguém toma uma atitude, tem a tranquilidade de revê-la e de ter o direito de recuar. "Faz parte da democracia." Cunha disse que todos podem entrar em situações "por convicção" e depois perceber que essa convicção não teve a receptividade que permita mantê-las. 'Se todos fizessem assim, seria muito mais fácil a vida”, concluiu.