Comissão aprova PEC que dá ao Congresso palavra final sobre demarcação de terras
![Valter Campanato/Agência Brasil Brasília - Indígenas fazem manifestação próximos ao plenário 14 onde acontece a reunião da comissão especial da PEC das Demarcações de Terras Indígenas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Mesmo com protesto de lideranças indígenas, os deputados aprovaram hoje (27), na comissão especial destinada a analisar o tema, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00, que altera as regras para a demarcação de terras indígenas, de remanescentes de comunidades quilombolas e de reservas.
![Brasília - Indígenas fazem manifestação próximos ao plenário 14 onde acontece a reunião da comissão especial da PEC das Demarcações de Terras Indígenas (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)](/sites/default/files/atoms/image/982223-27102015-dsc_8376.jpg)
Índios fazem manifestação próximos ao plenário 14, da Câmara dos Deputados, onde acontece a reunião da comissão especial da PEC das Demarcações de Terras Indígenas
Pela proposta, aprovada por 21 votos a zero, o Congresso Nacional passa a dar a palavra final sobre o tema. O texto proíbe ainda a ampliação de terras indígenas já demarcadas e prevê a indenização de proprietários inseridos nas áreas demarcadas, ainda que em faixa de fronteira.
O tema é polêmico e sua apreciação foi adiada várias vezes. Na tarde desta terça-feira, a sessão da comissão, cuja maioria dos deputados integra a bancada ruralista, derrubou pedidos de retirada da matéria da pauta e cinco requerimentos de adiamento de votação. Lideranças indígenas presentes foram barradas e impedidas de acompanhar os trabalhos.
A votação do texto foi suspensa em razão da ordem do dia. Após o encerramento dos trabalhos no plenário, o presidente da comissão, Nilson Leitão (PSDB-MT), decidiu retomar os trabalhos, mesmo sobre protesto de parlamentares do PT, PCdoB, PSOL, PV e Rede, todos contrários à PEC.
Em protesto, eles se retiraram da reunião antes da votação e a proposta foi aprovada com o voto dos demais partidos com representação no colegiado. Com o argumento de que a PEC é inconstitucional, os parlamentares contrários já anunciaram que vão questionar a proposta no Supremo Tribunal Federal (STF), com os argumentos de que a proposta fere a separação dos poderes da União e os direitos individuais dos povos tradicionais.
A aprovação definitiva da PEC 215/00 ainda depende de dois turnos de votação nos plenários da Câmara e do Senado, com quórum qualificado, ou seja, com os votos de, pelo menos, 308 deputados e 49 senadores.
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