Brasil pede fim da violência no Haiti e conclusão do processo eleitoral
O Ministério das Relações Exteriores informou hoje (25) que o governo brasileiro acompanha “com atenção a evolução da situação política” no Haiti. O segundo turno das eleições presidenciais no país caribenho, previsto para ontem (24), foi adiado.
“Ao condenar os recentes episódios de violência observados no país, [o governo brasileiro] conclama o amigo povo haitiano a expressar pacificamente suas opiniões e insta as forças políticas haitianas a repudiar, de maneira inequívoca, o emprego da violência”, disse, em nota, o Itamaraty.
Segundo o comunicado, o Brasil também pede que os atores participantes das eleições presidenciais trabalhem em conjunto em busca do consenso, para a "pronta retomada e breve conclusão do processo eleitoral, com a eleição dos demais membros do Parlamento e do novo presidente”.
“O governo brasileiro reafirma sua permanente solidariedade e engajamento com a causa de um Haiti democrático e estável, de acordo com a vontade soberana do povo haitiano e em consulta com as Nações Unidas e com os demais países e organizações associados a esse objetivo”, conclui a nota.
Processo
No sábado (23), milhares de pessoas protestaram nas ruas da capital haitiana para exigir a renúncia do presidente do país, Michel Martelly, um dia depois de o Conselho Eleitoral Provisório adiar, sem data, o segundo turno das eleições presidenciais.
As manifestações, convocadas pela oposição, exigem também a renúncia dos membros do conselho, organismo que consideram favorecer o candidato oficial e que já assistiu à renúncia de cinco dos seus nove integrantes. Um sexto membro foi suspenso por causa de suspeitas de corrupção.
O primeiro turno das eleições ocorreu em 25 de outubro, enquanto o segundo turno estava originalmente previsto para 27 de dezembro.