Capitão Wagner amplia debate sobre segurança no segundo turno em Fortaleza

Publicado em 24/10/2016 - 13:00 Por Edwirges Nogueira - Repórter da Agência Brasil - Fortaleza

Capitão Wagner disputa as eleições para prefeitura de Fortaleza

Capitão Wagner diz que buscará diálogo com a oposição na Câmara Municipal se for eleitoDivulgação/Assessoria do Capitão Wagner

Candidato à prefeitura de Fortaleza, o deputado estadual Wagner Sousa Gomes (PR), o Capitão Wagner, aproveita o maior tempo de propaganda no rádio e na TV no segundo turno para ampliar o tema-base da sua campanha, a segurança, para áreas como saúde, educação e cultura.

Em entrevista à Agência Brasil, Capitão Wagner diz que não teme ser candidato de um tema só e promete buscar diálogo com a oposição na Câmara Municipal caso seja eleito. Ele disputa o segundo turno com o atual prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). No primeiro turno, Capitão Wagner conquistou 31,15% dos votos válidos, e Cláudio, 40,81%.

Agência Brasil: O senhor entrou na campanha investindo no tema da segurança, tomando-o como uma base. O senhor não temeu ficar monotemático?

Capitão Wagner: Não. Acredito que os eleitores perceberam que a candidatura não é monotemática. Na verdade, a imprensa tem puxado muito o tema segurança pública, os adversários também. Se eles puxam tanto, é porque é um tema importante. Não tem como o gestor da cidade não tratar desse tema com muita responsabilidade, sabendo que trabalhar a segurança pública é fazer o social, é investir em educação, cultura, na ocupação dos espaços públicos, em iluminação pública e não somente investir na Guarda Municipal.

Agência Brasil: A gente percebe que houve uma mudança de conotação do termo segurança, para não falar só sobre segurança pública na campanha. Como foi trabalhada essa nova conotação, a ampliação desse tema?

Capitão Wagner: Na verdade, o cidadão hoje é violentado de diversas formas: quando ele vai ao posto de saúde e não encontra o medicamento, quando ele está na emergência do hospital e é atendido no corredor, numa maca. Então, a violência não é só a violência da segurança pública, mas na educação, na cultura, na saúde. E a gente resolveu encarar realmente o tema segurança de forma muito ampla. Acho que deu certo, chegamos ao segundo turno com votação expressiva: 400 mil eleitores me colocaram no segundo turno, eu tinha a expectativa de 300 mil votos. Foi muito satisfatório o resultado e mantemos essa mesma linha.

Agência Brasil: Voltando à questão da segurança pública, o seu vice [Gaudêncio Lucena, do PMDB] é um empresário do ramo da segurança, de transporte de valores. Tem alguma relação com isso o fato de o senhor ter escolhido ele?

Capitão Wagner: Isso é muito bom, ele tem uma experiência muito grande, é um empresário muito bem-sucedido, não conseguiria chegar aonde está hoje se não fosse competente. Ele vai me ajudar com a experiência que tem em relação à iniciativa privada, o trabalho de um gestor, e também pela experiência que ele tem na prefeitura: é o atual vice-prefeito, conhece a máquina, sabe quais são as dificuldades e os vícios que existem na prefeitura. Ele vai me auxiliar no caminho de identificar esses problemas e solucioná-los.

Agência Brasil: Falando sobre a Câmara Municipal, a gente viu que ela foi formada por 12 candidatos que se elegeram do PDT [partido do prefeito e candidato à reeleição], além de outros que são da base do Roberto Cláudio. Caso o senhor seja eleito, como vai lidar com essa oposição?

Capitão Wagner: Com muita tranquilidade. Se a gente for ver, na eleição passada, o grupo do PT [o candidato era Elmano de Freitas] elegeu 28 vereadores e o adversário, que era o Roberto Cláudio, elegeu uns dez. Foi o que aconteceu comigo agora. Tenho certeza que, se a gente ganhar as eleições, pela experiência que tive como vereador – passei dois anos na Câmara –, não vou ter qualquer dificuldade em conversar, em dialogar e ter o apoio da Câmara Municipal na quantidade de vereadores necessários para a gente ter aprovação dos projetos.

Edição: Juliana Andrade

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