Maioria é a favor de proibir réu de ocupar Presidência; STF suspende julgamento
![Nelson Jr. / SCO / STF Sessão plenária do STF vota se réus podem estar na linha de sucessão presidencial](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Um pedido de vista do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu hoje (3) o julgamento da ação que pretende impedir parlamentares que são réus em ações penais ocupem a presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado. Até o momento, há seis votos a favor do impedimento, a maioria dos votantes. Não há data para a retomada do julgamento.
![Ministra Cármen Lúcia preside a sessão que pode impactar presidentes da Câmara e do Senado](/sites/default/files/atoms/image/sessao-plenaria-stf-reus-sucessao-nelson-jr-sco-stf.jpg)
Sessão plenária do STF vota se réus podem estar na linha de sucessão presidencial
A Corte começou a julgar a ação na qual a Rede Sustentabilidade pede que o Supremo declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória da Presidência da República. A ação foi protocolada pelo partido em maio, quando o então presidente da Câmara, ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tornou-se réu em um processo que tramitava no STF.
Até o momento, votaram o relator, ministro Marco Aurélio, e os ministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux e Celso de Mello.
De acordo com Marco Aurélio, o curso da ação penal inviabiliza o réu a ocupar o cargo mais alto do Legislativo. No julgamento, por analogia, a maioria dos ministros levou em conta a regra constitucional que prevê o afastamento do presidente da República que se torna réu no Supremo.
"Aqueles que figurem como réus em processo-crime no Supremo não podem ocupar cargo cujas atribuições constitucionais incluam a susbtituição do presidente da República", disse Marco Aurélio.
Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski não participaram do julgamento. No início da sessão, o ministro Luis Roberto Barroso declarou-se impedido para julgar a ação. Barroso disse que se trata de "motivo pessoal". Dessa forma, o julgamento foi realizado com quórum mínimo.
PGR
Em sua manifestação, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu que parlamentares que são réus em ações penais não podem ocupar a presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado.
Janot defendeu que a linha sucessória deve ser exercida plenamente, sem limitações, principalmente na atual situação política do Brasil, em que não há vice-presidente em exercício.
"O Legislativo tem que ser presidido por cidadãos que estejam plenamente aptos a exercer todas as funções próprias dessa magna função. A atividade política é muito nobre e deve ser preservada de pessoas envolvidas com atos ilícitos, ainda mais quando sejam objeto de ação penal em curso na Suprema Corte do país", disse Janot.
Rede
O advogado do partido, Daniel Sarmento, defendeu que, mesmo com a cassação do mandato de Eduardo Cunha, a ação deve ser julgada para que a imagem do Brasil seja respeitada dentro e fora do país. "Ninguém pode ocupar um cargo que dê acesso à chefia de Estado se contra essa pessoa pesar uma ação penal instaurada por esta Corte.", argumentou o advogado.
![REUTERS/Florence Lo/Arquivo Ilustração do chatbot de inteligência artificial ChatGPT
9/2/2023 REUTERS/Florence Lo/Arquivo](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Uchoa Silva/ Nsc SEAP 09/10/2023, Seap investe em educação e consegue alta aprovação de custodiados no ENEM PPL 2022. Foto: Uchoa Silva/ Nsc SEAP](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Foto Divulgação/CCXP São Paulo 05/12/2024 Maior festival de cultura pop da América Latina, a CCXP 2024, começa nesta quinta em SP. Foto Divulgação/CCXP](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Reuters/Yves Herman/proibida a reprodução Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante sessão do Parlamento Europeu, em Strasbourg, na França
27/11/2024
REUTERS/Yves Herman](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Reprodução/Coletivo Fala Akari Rio de Janeiro 05/12/2024 A Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou o Estado brasileiro por responsabilidade no desaparecimento forçado de 11 jovens afrodescendentes na favela de Acari, no Rio de Janeiro, em 1990. Reprodução/Coletivo Fala Akari](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Reuters/Tony Gentile/proibida reprodução Charlotte Dujardin nos Jogos Olímpicos Rio 2016
15/08/2016 REUTERS/Tony Gentile](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)