Janot recebe delações da Odebrecht após homologação
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, começou hoje (30) a analisar os próximos passos da investigação sobre a empreiteira Odebrecht no Supremo Tribunal Federal (STF) após a homologação das delações de executivos. A partir de agora, Janot começa a trabalhar nos pedidos de investigação contra os políticos e empresários citados nos depoimentos de colaboração com a Justiça. Não há prazo para que eventuais pedidos de investigação ou arquivamento cheguem à Corte.
No início da tarde, Janot encontrou-se com a presidente do STF, Cármen Lúcia. O procurador foi receber pessoalmente as decisões da ministra, que homologou a delação de 77 pessoas ligadas à Odebrecht.
Os pedidos de investigação devem chegar ao Supremo somente após a definição do novo relator da Lava Jato, que deverá ocupar a vaga deixada com a morte do ministro Teori Zavascki, que era relator dos processos da Operação Lava Jato no STF.
A decisão deve ser anunciada pelo Supremo na quarta-feira (1º), quando a Corte retoma os trabalhos após o período de recesso. A ministra Cármen Lúcia ainda trabalha nos bastidores para encontrar uma solução consensual para substituir Teori.
A alternativa mais cogitada em conversas informais dos ministros é o sorteio da relatoria da Lava Jato entre os integrantes da Segunda Turma, colegiado que era integrado por Teori e que já julgou recursos da operação. Fazem parte do colegiado os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.
Outra medida que pode ser tomada é a transferência de um integrante da Primeira Turma para a Segunda. O nome defendido nos bastidores é o do ministro Edson Fachin, com perfil reservado, semelhante ao de Zavascki.