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Segurança

Estudante de medicina morto por PM é sepultado em São Paulo

Letalidade policial em São Paulo cresceu 85% este ano, segundo MP
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Leandro Martins
22/11/2024 - 15:43
São Paulo
São Paulo (SP), 22/11/2024 - Julio Cesar Acosta Navarro, pai do estudante de medicina Marco Aurelio Cardenas Acosta, assassinado pela PM de São Paulo, no  velório  no Cemitério Gethsemani Morumbi. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
© Paulo Pinto/Agência Brasil

Foi enterrado nexta sexta-feira (22), no cemitério Gethsêmani, no Morumbi, em São Paulo,  o corpo do estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, morto na madrugada de quarta-feira (20) durante abordagem policial, em um hotel da Vila Mariana, Zona Sul da cidade. Marco, que tinha 22 anos e cursava o quinto semestre de medicina na Universidade Anhembi-Morumbi.

O policial militar Guilherme Augusto Macedo, autor do tiro que matou o estudante, foi indiciado por homicídio doloso - quando há intenção de matar. A Secretaria da Segurança Pública afastou das atividades, Guilherme e o outro PM que participou da ação, Bruno Carvalho do Prado, até a conclusão do inquérito.

Na noite dessa quinta, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se manifestou pela primeira vez sobre o caso. Nas redes sociais, Tarcísio postou que abusos nunca vão ser tolerados e serão severamente punidos. Acrescentou que essa não é a conduta que a polícia paulista deve ter com nenhum cidadão, sob nenhuma circunstância. 

Durante a ceriminônia de despedida, Julio Cesar Acosta Navarro, pai do estudante, disse que espera que  a tragédia envolvendo Marco Aurélio sirva de modelo para que não aconteçam mais casos como esse e citou uma frase do próprio governador.

Dados do Ministério Público apontam que a letalidade policial no estado de São Paulo aumentou em 85% este ano. De janeiro até os últimos dias,  577 pessoas foram mortas por agentes em serviço, enquanto no mesmo período do ano passado, foram 313 vítimas fatais.