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Economia

Haddad: mais um ministério entrará na discussão sobre corte de gastos

Movimentos sociais e sindicais lançaram manifesto contra medida
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Daniella Longuinho* - repórter da Rádio Nacional
11/11/2024 - 22:04
Brasília
Brasília (DF), 30/10/2024 - Ministro da Fazenda Fernando Haddad fala durante cerimônia Nova Indústria Brasil - Missão 3: Infraestrutura, Saneamento, Moradia e Mobilidade Sustentáveis para a Integração Produtiva e o Bem-Estar nas Cidades. Foto: Diogo Zacarias/MF
© Diogo Zacarias/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nessa segunda-feira (11), que mais um ministério deve ser incluído nas discussões sobre cortes de gastos públicos que, segundo ele, avançou nas conversas com a participação do presidente Lula no último domingo.

“Os detalhes da semana passada foram superados. Tem uma reunião amanhã, de encaminhamento, tem os atos que estão sendo encaminhados pra Casa Civil, pode ter ajuste de redação, e tem um ministério a ser incorporado no esforço”.

De acordo com Haddad, a inclusão de mais um ministério no esforço para reduzir despesas foi pedida pelo presidente Lula. Mas o ministro não informou qual ministério foi escolhido.

O ministro da Fazenda disse também que é normal a resistência à proposta de cortar gastos, inclusive dentro do seu partido, o PT, que participa das discussões para controlar as contas públicas.

Nesta segunda-feira movimentos sociais e sindicais, como a CUT, MST, MNU, além do PT e PSOL, lançaram um manifesto contra os cortes de gastos. Para essas entidades, uma “minoria privilegiada por isenções de impostos e desonerações injustas” está fazendo “inaceitável pressão” para constranger o governo federal.

Os movimentos denunciam o ataque a conquistas que consideram históricas, como reajuste real do salário-mínimo e sua vinculação às aposentadorias e ao BPC, ao salário-desemprego, aos direitos dos trabalhadores sobre o FGTS, e aos pisos constitucionais da Saúde e da Educação.

Os movimentos ainda apontam que “cortar recursos de quem precisa do Estado e dos investimentos públicos só vai levar o país de volta a um passado de exclusão e injustiça”. 

* Com reportagem de Gésio Passos