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Internazionale

Ucrânia lança mísseis fornecidos pelos EUA no dia mil da invasão russa

Para Putin uso de armas cedidas pelo Ocidente configura envolvimento
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Pedro Moreira - da TV Brasil*
19/11/2024 - 20:06
Nova Iorque (EUA)

A invasão da Ucrânia pela Rússia completou mil dias, e este marco temporal veio acompanhado de temores de que o conflito possa escalar com a participação mais efetiva de outros países.

É que a Ucrânia disparou, pela primeira vez, mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos em direção ao território russo. Em Kiev, os ucranianos acenderam mil velas para marcar a invasão em larga escala da Rússia iniciada em fevereiro de 2022.

Mais cedo, em uma cerimônia no parlamento, o presidente Volodimir Zelensky pediu resiliência aos ucranianos, disse que o país não vai negociar a própria soberania ou abrir mão de territórios, e descartou a realização de eleições até que a paz seja alcançada.

Pela manhã, Kiev havia informado que durante a noite atingiu um depósito de armas na região russa de Bryansk, a 110 km da fronteira entre os dois países, sem informar quais armas havia usado.

Já Moscou afirmou que a Ucrânia lançou seis mísseis. De fabricação americana, cinco teriam sido abatidos, e os destroços de um deles atingiram a instalação sem causar vítimas ou danos.

O presidente russo, Vladimir Putin, vinha dizendo que o uso de armas fornecidas pelo Ocidente configurava o envolvimento direto desses países no conflito. Putin assinou uma nova doutrina russa para o uso de armas nucleares.  Agora, um ataque a Rússia feito com o apoio de uma outra potência nuclear pode justificar uma resposta nuclear de Moscou.

O medo de uma escalada da situação na Ucrânia impactou os mercados financeiros e fez cair alguns dos principais índices globais. Os 33 meses de guerra já deixaram centenas de milhares de mortos nos dois lados. Mais de 6 milhões de ucranianos vivem como refugiados no exterior. A população do país caiu em um quarto desde que Vladimir Putin ordenou a invasão por terra, mar e ar, que deu início ao maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

* Com informações da Reuters .