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Salute

Especialistas comentam desafios no tratamento da tuberculose

Doença afeta prioritariamente os pulmões
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Marcos Aleixo - Rádio Cultura de Belém
26/11/2024 - 10:55
Belém (PA)
Vacina BCG contra a Tuberculose. Ampolas da Vacina BCG. Foto: SEMSA/Manaus
© SEMSA/Manaus

De acordo com os pesquisadores, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. A doença afeta prioritariamente os pulmões, embora possa também acometer outros órgãos ou sistemas. Um problema de saúde pública no mundo, aqui no Brasil são notificados aproximadamente 80.000 casos novos e ocorrem cerca de 5.500 mortes em decorrência da tuberculose.

A transmissão acontece por via respiratória, pela eliminação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de uma pessoa com tuberculose ativa. Sem tratamento, quando outras pessoas respiram essas partículas, há a possibilidade de se infectarem. Mas, com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias, o risco de transmissão da doença é bastante reduzido.

O médico e professor de infectologia da Faculdade de Medicina da Unifesp, Eduardo Alexandre no Medeiros, comenta sobre a preocupação e o cuidado que o paciente deve ter com o tratamento da doença:

Muito desses pacientes, eles precisam ficar internados para tomar medicação. Não é uma medicação, muitas vezes, fácil de ser administrada pelos efeitos colaterais, então é um conjunto de agravantes que nós temos, né? Além do custo mais excessivo, que realmente dificulta enormemente o tratamento e aumenta a mortalidade. E a gente vê isso: em 2022, também houve um aumento da mortalidade dos casos de tuberculose quando a gente compara com a série histórica, o que nos preocupa bastante. E uma parte desses casos são casos que não responderam ao tratamento ou por abandono do tratamento. Então é muito importante que, a partir do diagnóstico, você comece a fazer o tratamento adequadamente.

O tratamento da tuberculose dura, no mínimo, aí, seis meses e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).