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MPRJ investiga preços abusivos de ingressos para o carnaval 2025

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Carolina Pessôa - Repórter da Rádio Nacional
29/11/2024 - 17:22
Rio de Janeiro
Sambódromo Marquês de Sapucaí.
© Alexandre Macieira/Riotur

A venda de ingressos para o desfile das escolas de samba do carnaval 2025 é alvo de um inquérito do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. O motivo seria a suposta comercialização a preços abusivos por parte da Liesa, a Liga Independente das Escolas de Samba, e da empresa TicketMaster, e o possível repasse de ingressos para venda por agências de turismo.

O promotor responsável, Rodrigo Terra, explica a origem da medida.

“A investigação foi instaurada sobre uma reclamação de que haveria uma carga de ingressos para a venda direta ao consumidor, mas que ela se esgotou com uma rapidez absurda e ao mesmo tempo só restaria para o consumidor a possibilidade de comprar os ingressos junto a agências de turismo e a preços muito mais caros”.

Na denúncia anônima enviada à promotoria, foram anexados prints de tela que comprovam que os ingressos foram repassados às agências de turismo e vendidos por valores abusivos, não restando mais bilhetes para aquisição do público geral.

O promotor também aponta o objetivo do MP com o inquérito.

“O Ministério Público instaurando esta investigação quer saber se realmente existe esta carga de ingressos a ser diretamente comercializada ao consumidor, e de quantos ingressos seria, assim como se eles foram realmente na sua totalidade oferecidos ao consumidor”.

Ele destacou ainda que há possibilidade de violação do direito do consumidor por causa da forma como os ingressos estão sendo vendidos. 

“O direito a informação é um dos pilares do Código de Defesa do Consumidor e um dos aspectos essenciais do serviço é o preço. Logo o produtor do evento tem o dever de informar o total de carga disponível de ingressos para venda direta, assim como o dever de que essa carga não seja desviada”.

A orientação para quem se sinta lesado é recorrer a juizados especiais cíveis ou aguardar o final da ação coletiva. Nos juizados não há cobrança de pagamento de custas.

Cabe a LIESA e a empresa Ticket Master o esclarecimento sobre as vendas em um prazo de dez dias úteis.