Em 2024, endividamento dos mais pobres aumenta 4% em relação a 2023
O nível de endividamento dos mais pobres aumentou, bem como a inadimplência. Pesquisa da CNC, a Confederação Nacional do Comércio aponta que 81% das famílias com renda de até três salários mínimos estão endividadas. Um aumento de cerca de 4% em relação ao ano passado. Sendo que 37% dessas famílias estão com dívidas em atraso e 18% não tem condições de quitar seus débitos.
Em comparação, 66% dos mais ricos, com renda acima de 10 salários mínimos, estão endividados. 14% estão com dívida em atraso e só 5% sem condições de quitar os débitos.
A CNC aponta que o endividamento das famílias continuará crescendo no final do ano, impulsionado pelas compras de Natal. Para o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, o crescente gastos das famílias na área de serviços acende um alerta, porque há dificuldade das famílias em equilibrar o orçamento.
A pesquisa ainda aponta que os prazos para pagamentos de dívidas estão mais longos, o que ajudou a reduzir o tempo de atraso para quitação. O percentual de inadimplentes a mais de 90 dias chegou a 49%.
As dívidas com cartão de crédito continuam a ser as principais para 83% das famílias com débitos a vencer. O que ainda preocupa por ter as maiores taxas de juros, mas com uma queda de 3,9% em relação a novembro do ano passado.
O crédito pessoal, com juros menores, teve um crescimento de 2,5%, o que mostra um planejamento melhor das famílias, segundo a CNC.