logo Agência Brasil
Economia

Terceirização só é viável se não provocar perda de arrecadação, diz Levy

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 29/04/2015 - 15:41
Brasília

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fala sobre as medidas de ajuste fiscal, durante audiência pública conjunta de comissões da Câmara dos Deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a: equipe econômica

só  apoiará  projeto  da  terceirização  se  o  impacto  tributário  for  nulo     Marcelo  Camargo/Agência  Brasil

A terceirização é viável apenas se não provocar perda de arrecadação de tributos, disse hoje (29) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, ele declarou que a equipe econômica é favorável ao projeto somente se o impacto tributário for nulo.

“Nossa posição é clara. O importante, do ponto de vista da Fazenda, é que a terceirização só terá chance de sucesso se for tributariamente neutra. O projeto não pode servir de artifício para pagar menos imposto”, destacou o ministro.

Segundo Joaquim Levy, o governo chegou a tentar fechar um acordo, durante a tramitação do texto na Câmara, que permitisse a simplificação tributária, sem afetar a arrecadação federal. Segundo o ministro, a ideia era garantir a tranquilidade das empresas contratantes, facilitando o pagamento de tributos e de encargos sociais.

“Fizemos proposta de simplificação fiscal, que é a retenção na fonte. Antes de pagar a empresa contratada, a contratante retém [os tributos] na fonte. Isso reduz a exposição, a incerteza jurídica e simplifica o processo inteiro”, esclareceu o ministro.

Para Levy, do jeito que está, o texto provocará não apenas perda de receitas para o governo, mas criará diferentes categorias de trabalhadores. “Não pode existir um trabalhador que paga 27,5% de Imposto de Renda e outro que só tira dividendos e não paga nada à Previdência Social”, criticou.

“De qualquer forma, o debate está sendo retomado na outra Casa [o Senado]. Essas questões serão rediscutidas lá."