Grupo de sem-teto faz ato para cobrar votação do plano diretor de São Paulo
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e de outros movimentos por moradia protestam em frente à Câmara Municipal de São Paulo para pressionar pela votação e aprovação do Plano Diretor Estratégico (PDE) do município. Segundo assessores da Câmara, parte dos integrantes do MTST conseguirão entrar na Casa para acompanhar a votação do plano, prevista para hoje (29). O restante deverá acompanhar a votação do lado de fora, por meio de um telão, pois não há espaço suficiente na Câmara.
A Polícia Militar estima que 500 pessoas participam da manifestação, pacífica até o momento.
O plano diretor, que é um conjunto de diretrizes para colaborar com o desenvolvimento da cidade, pode ser votado nesta terça-feira, mas dependerá do resultado da reunião do Colégio de Líderes, que ocorre neste momento e que definirá as pautas que entrarão em discussão ou votação esta semana.
Na semana passada, após manifestação do MTST, o PDE foi aprovado pela Comissão de Política Urbana Metropolitana e Meio Ambiente da Câmara Municipal de São Paulo. Mas o plano ainda precisa ser votado em plenário.
Uma das reivindicações do MTST é que o plano inclua a demarcação de zonas especiais de Interesse Social (Zeis), ampliando as áreas para habitação popular em toda a cidade. Ele também pede que seja instituída a Cota de Solidariedade, para que todo empreendimento destinado a pessoas de alta renda estipule uma contrapartida social com a construção de moradia popular, próximo ao empreendimento.
“Esse conjunto amplo e representativo de movimentos lembra que a aprovação de um plano com todos esses aspectos é urgente e atende aos interesses da ampla maioria da população da cidade de São Paulo. Ressalta-se ainda que os paulistanos não podem permitir que interesses pontuais privados e do setor imobiliário interfiram nesse processo e prejudiquem o povo da cidade. Por isso, a exigência de que a Câmara Municipal de São Paulo não adie mais a votação do plano e dê as respostas que a cidade necessita”, dizem os movimentos sociais, em nota.