Após suspensão de liberdade condicional pelo STJ, miliciano retorna ao presídio

Publicado em 24/10/2015 - 11:06 Por Douglas Correa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O ex-vereador da Câmara Municipal do Rio Cristiano Girão se apresentou ontem (23), espontaneamente, à Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia. Ele é apontado como chefe de uma milícia que atua na Gardênia Azul, Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, e foi condenado por formação de quadrilha e crime eleitoral.

De acordo com o titular da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), juiz Eduardo Oberg, Girão não esperou ser intimado da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que aceitou pedido de liminar da VEP pedindo a suspensão de sua liberdade condicional. Segundo o magistrado, o ex-vereador soube da decisão pela imprensa.

Segundo o juiz Eduardo Oberg, Girão poderia voltar a atuar na quadrilha de milicianos, caso retornasse ao Rio. "Ele é um preso de alta periculosidade e representa riscos para a sociedade. Por isso, precisa ficar afastado da região onde exercia influência", explicou o magistrado, que vem intensificando esforços para impedir que outros presos considerados perigosos sejam devolvidos ao estado do Rio.

Entenda o caso

O STJ aceitou, na última quinta-feira (22), pedido de liminar do juiz Eduardo Oberg, que suspende o benefício de liberdade condicional do ex-vereador do Rio de Janeiro Cristiano Girão. A decisão é do ministro Gurgel de Farias. 

A liberdade condicional de Girão havia sido concedida no mês passado pelo juiz Wallinson Cunha, corregedor do presídio de Rondônia, após o acusado ter alcançado o tempo exigido para progressão de regime. 

Preso desde 2009 por chefiar a milícia de Gardênia Azul, em Jacarepaguá, Girão foi condenado, em 2011, a 14 anos, 6 meses e 6 dias de prisão por formação de quadrilha. De acordo com a sentença, mesmo preso, ele permanecia na liderança do grupo, acusado de explorar moradores e comerciantes do local.


Fonte: Miliciano retorna ao presídio, após ter liberdade condicional suspensa pelo STJ

Edição: Lílian Beraldo

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