PF inicia 15ª fase da Lava Jato com prisão de ex-diretor da Petrobras

Publicado em 02/07/2015 - 09:10 Por Nielmar de Oliveira Silva - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Atualizado em 02/07/2015 - 17:28

Polícia Federal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Jorge Zelada será levado para a Superintendência da PF, em Curitiba, ainda hojeMarcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (2) a 15ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Mônaco. O foco nessas investigações é o recebimento de vantagens ilícitas no âmbito da Diretoria Internacional da Petrobras. A Operação Mônaco já levou à prisão do ex-diretor da área Jorge Zelada, citado por delatores presos nas fases anteriores da operação. Ele será transferido para a sede da Polícia Federal, em Curitiba.

No Rio de Janeiro, policiais federais cumprem quatro mandados de busca e apreensão – três na capital e um em Niterói, no Grande Rio –, além de um mandado de prisão preventiva também na capital.

Segundo informações da Polícia Federal, os investigados responderão pelos crimes de corrupção, fraude em licitações, desvio de verbas públicas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. O preso será levado inicialmente para a carceragem da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, e seguirá para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), onde permanecerá à disposição da Justiça Federal.

O ex-diretor da Petrobras foi detido em sua casa. Ele será levado para a capital paranaense até o fim da tarde desta quinta-feira. Jorge Zelada foi citado como um dos beneficiários do esquema de corrupção na estatal por pelo menos dois ex-dirigentes da companhia que estão colaborando com as investigações em troca da delação premiada: Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Refino, um dos principais envolvidos, e Pedro Barusco, ex-gerente de serviços da Petrobras.

A defesa de Jorge Zelada avaliou como desnecessária a prisão dele. Em nota, o advogado Eduardo de Moraes informou que o ex-diretor sempre esteve à disposição das autoridades e não oferece risco às investigações. "Sua liberdade não representa, como nunca representou, qualquer risco à investigação ou à ordem pública. O método de prender para apurar e processar subverte a Constituição Federal e precisa ser repelido, sob pena de imperar, como está imperando, o arbítrio em detrimento da lei”, acrescentou Moraes.

*Matéria ampliada às 17h28 para acréscimo das declarações do advogado de Jorge Zelada

Edição: Marcos Chagas

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