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Segurança

PF indicia Bolsonaro e outras 36 pessoas por crime de golpe de Estado

Investigação foi encerrada e relatório encaminhado ao STF
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Gésio Passos - Repórter da Rádio Nacional
21/11/2024 - 16:38
Brasília
Brasília (DF), 18/10/2023, O ex-presidente Jair Bolsonaro, fala com jornalistas, na sede da Polícia Federal em Brasília. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
© Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas foram indiciadas pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Entre os envolvidos também estão:

- o presidente do PL Waldemar Costa Neto;

- o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem;

- o ex-ministro da Justiça Anderson Torres;

- o ex-ministro do GSI e general Augusto Heleno;

- o ex-ministro da defesa e general Braga Neto;

- e o ex-comandante da marinha e almirante Almir Garnier;

A Polícia Federal informou que encerrou a investigação sobre a organização que atuou de forma coordenada para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. O relatório final já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.

Segundo a PF, as provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais, quebra de sigilos, colaboração premiada, busca e apreensões, entre outras medidas autorizadas pelo Judiciário.

A investigação permitiu individualizar as condutas e constatar a existência de seis núcleos criminosos:

- de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;

- Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;

- de acompanhamento Jurídico;

- Operacional de Apoio às Ações Golpistas;

- de Inteligência Paralela;

- Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

O inquérito deve agora ser encaminhado para a Procuradoria-Geral da República para as devidas denúncias.

Pelas redes sociais, Jair Bolsonaro disse que vai esperar seu advogado e atacou o ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele “conduz o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”.

Procuradas, as defesas do General Heleno, do deputado Alexandre Ramagem, do general Braga Netto e de Valdemar da Costa Neto disseram que não vão se manifestar.

Já os advogados do ex-ministro Anderson Torres informaram que irão se posicionar após terem acesso ao relatório de indiciamento.

A defesa do General Braga Netto também disse que vai aguardar para emitir um posicionamento formal e fundamentado.

O advogado do almirante Almir Garnier disse que reitera a inocência do investigado e que ainda não teve acesso integral aos autos.

*Atualizada para acrescentar as manifestações dos indiciados.