O Brasil gerou pouco mais de 132.700 empregos formais no mês de outubro, uma queda de cerca de 30% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 2024, o saldo é positivo em mais de 2,117 milhões de postos de trabalho, com crescimento em todas unidades da federação e grupos de atividades.
Os dados são do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, e foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, atribuiu a queda no ritmo de geração de empregos no mês passado à política de juros do Banco Central. Marinho acredita que mudanças na presidência do banco, com o fim do mandato de Roberto Campos Neto, e na composição do Copom, Comitê de Política Monetária, devem ajudar a melhorar o cenário.
No mês de outubro, três atividades econômicas registraram saldos positivos. O setor de Serviços gerou mais de 71 mil postos formais de trabalho, o Comércio mais de 44 mil e a Indústria quase 24 mil novos empregos.
Já a Construção Civil registrou diminuição de 767 postos formais de trabalho e a Agropecuária fechou 5.700 vagas.
Apenas três estados registraram saldo negativo na geração de empregos em outubro: Goiás, Mato Grosso e Bahia. Entre os estados com crescimento, São Paulo lidera, com a criação de mais de 47 mil postos de trabalho; Rio Grande do Sul, mais de 14 mil; e Rio de Janeiro, quase 11 mil.
As mulheres ocuparam a maioria das novas vagas geradas, quase 90 mil. O salário médio real de admissão em outubro foi de R$ 2.153,18, uma redução de 0,87% na comparação com setembro. Em relação a outubro do ano passado, houve ganho real de 1,15%.