logo Agência Brasil
Generale

Operação Torniquete no Rio prende três e recupera veículos

Operação investiga esquema que financia armas e mesadas de facções
Baixar
Priscila Thereso - Repórter da Rádio Nacional
09/12/2024 - 11:09
Rio de Janeiro (RJ)
Policiais do BPChq estão posicionados em pontos estratégicos localizados no entorno do Complexo da Penha, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, dando suporte aos policiais que estão operando na região. Foto: PMERJ/Twitter
© PMERJ/Twitter

As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro realizaram, nesta segunda-feira, 9, uma nova etapa da Operação Torniquete, com foco na repressão a roubos, furtos e receptação de cargas e veículos.

Na ação, os agentes cumpriram mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa que atua no Complexo da Maré, na zona norte da cidade. Até o início da manhã, três pessoas haviam sido presas, dezenas de carros recuperados e duas pessoas morreram. Os policiais também apreenderam armas, munições e drogas.

Nas redes sociais, moradores das favelas da Maré relataram troca de tiros. Duas vias expressas da cidade chegaram a ser interditadas, com motoristas e passageiros precisando sair dos veículos para se proteger dos disparos. A Secretaria Municipal de Educação informou que 42 escolas foram impactadas, e duas unidades da rede estadual precisaram ser fechadas. Além disso, quatro unidades de saúde municipais pararam de atender.

Segundo a polícia, a operação foi baseada em dados de inteligência, cruzados com informações do Instituto de Segurança Pública. As investigações apontam que traficantes do Complexo da Maré arquitetam e gerenciam uma quadrilha que rouba veículos e cargas para financiar a “caixinha” da organização criminosa, usada na compra de armamentos, munições e no pagamento de “mesadas” a familiares de presos e líderes da facção.

De acordo com a apuração, os criminosos da Maré recebem determinações da liderança do Complexo da Penha e organizam apoio logístico para os delitos, que são praticados em diferentes bairros do Rio de Janeiro e na Região Metropolitana.

As investigações também revelaram atividades criminosas relacionadas a roubos de veículos e cargas nas comunidades, incluindo armazenamento, transbordo e revenda de cargas roubadas; clonagem de veículos para revenda ou troca por armas e drogas; desmanche de automóveis para venda de peças; uso de veículos roubados em outras práticas criminosas; e cativeiro de vítimas para realização de transferências via PIX.