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Cinegrafista atingido por rojão no Rio tem morte cerebral

Cristiane Ribeiro e Vitor Abdala* - Repórteres da Agência Brasil
Publicado em 10/02/2014 - 12:22
 - Atualizado em 10/02/2014 - 13:24
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Cinegrafista da TV Bandeirantes é  ferido em protesto contra aumento de passagem de ônibus. Ele está internado em estado grave (Reprodução/TV Brasil)
© Reprodução TV Brasil/Gabriel Penchel

A Secretaria Municipal de Saúde confirmou há pouco a morte cerebral do cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Ilídio Andrade, de 49 anos. Ele foi ferido por um rojão durante manifestação no Rio de Janeiro na semana passada e permanece no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Municipal Souza Aguiar aguardando a presença da família, que determinará os procedimentos que deverão ser tomados a partir de agora.

Santiago, que teve afundamento do crânio e perdeu parte da orelha esquerda, foi submetido a uma cirurgia para diminuir a pressão craniana, assim que chegou ao hospital. No sábado, uma tomografia comprovou que a hemorragia havia sido controlada, mas o estado de saúde do cinegrafista piorou.

O profissional foi atingido por um rojão enquanto filmava o protesto contra o aumento das passagens de ônibus no município do Rio, próximo à Central do Brasil, no centro da capital fluminense.

Casado com Arlita Andrade há 30 anos, o carioca Santiago Andrade tem uma filha e três enteados. Mora em Niterói. Profissional há cerca de 20 anos, ele trabalha na Rede Bandeirantes de Televisão há quase dez anos.

Santiago ganhou dois prêmios de jornalismo (“Prêmio Mobilidade Urbana”) por matérias sobre a dificuldade de transporte nas ruas nos anos de 2010 e 2012. Destacou-se na cobertura das chuvas na região serrana, em janeiro  de 2011, e em Xerém, em janeiro do ano passado.

Os autores do crime contra Santiago Andrade poderão pegar pena de prisão de até 35 anos por homicídio qualificado e crime de explosão, segundo informou o delegado titular da 17ª Delegacia Policial de São Cristóvão, Maurício Luciano, responsável pelas investigações do caso.

 

*Colaborou Alana Gandra